Minas deve receber mais 100 mil vacinas para imunizar pessoas que aguardam segunda dose

Secretário Estadual de Saúde confirmou chegada de nova remessa do imunizante Corona Vac

Da Redação (Com colaboração da Agência Minas)

O Agora noticiou, na edição impressa de ontem, a falta de imunizantes Corona Vac para realizar a aplicação da segunda dose de quase cinco mil divinopolitanos. Paralelo a isso, a falta de doses está impedindo o andamento em todo Estado, mas, segundo o Secretário de Saúde do Estado, Fábio Baccheretti, não por muito tempo.

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta, o secretário informou que Minas receberá mais de 100 mil novas doses de Coronavac neste fim de semana, o que possibilitará a retomada da aplicação da segunda dose nos idosos que já receberam a primeira.

— Aqueles que só receberam a primeira dose devem ir até o posto para receber a segunda, mesmo que já tenham passado os 28 dias de intervalo recomendado pelo estudo. Mesmo com um intervalo maior a imunidade será alcançada com a segunda dose — afirmou.

A expectativa é a de que Minas receba outras 400 mil doses de Coronavac na próxima semana, garantido a D2 para todos os mineiros que já receberam a D1.

Sexto Lugar

Durante a coletiva, o Secretário também reforçou que Minas é atualmente o 6º estado brasileiro com maior percentual de imunização. No início de março, a vacinação mineira ocupava o 17º lugar. 

— No começo de março éramos apenas o 17º estado em vacinação proporcional da população. Hoje somos o 6º colocado. Estamos subindo, melhorando, e o papel dos municípios é fundamental. A distribuição é rápida, quase imediata, e os municípios estão fazendo seu papel de vacinar os cidadãos. A vacinação é a solução para a pandemia — afirmou.

 

 

Janaína de Oliveira / Imprensa MG

Comorbidades

Além disso, a chegada de milhares de doses das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer nos últimos dias permitirá o início da vacinação para 2 milhões de mineiros que possuem comorbidades, como obesidade e diabetes. 

— Chegaram 50.310 doses da Pfizer para BH e a nova remessa da AstraZeneca que recebemos ontem foi de 396.500 doses. Portanto, iniciaremos agora a vacinação do grupo de comorbidades, que, além da idade, é um fator muito importante em relação a óbitos e ocupação de leitos. Quase 90% dos pacientes que evoluem a óbito nos CTIs têm ao menos uma comorbidade — explicou.

A previsão em Minas é a de que todo o grupo tenha recebido pelo menos a primeira dose até o final deste mês.

Queda de óbitos

O secretário de Saúde apontou ainda que a queda considerável nos óbitos da população imunizada comprova a eficácia da vacina.

— Os óbitos em idosos tiveram uma diminuição significativa. Acima de 90 anos, foi de 8,8%, no início do ano, para 2,5% agora. De 80 a 89 anos, passamos de 21,5% de óbitos para 9,1%. E acima de 70 anos, a taxa era de 28,8%; hoje são 24,4%. Observamos com clareza a queda na proporção de óbitos naqueles que já estão vacinados com a segunda dose, o que nos enche de esperança em relação à eficácia da vacina”, disse.

A conclusão da imunização de idosos acima de 60 anos deve ajudar a reduzir ainda mais a mortalidade pela doença.

— Já estamos terminando a aplicação da primeira dose no grupo de 60 anos e alguns municípios já estão vacinando a segunda dose nesse grupo. A expectativa é que, 15 dias após a segunda dose, a imunidade seja a máxima possível pela vacina. Então, é questão de tempo para que possamos observar a queda da mortalidade. Lembrando que esse é, hoje, o grupo com mais mortalidade e ocupação de leitos nos nossos CTIs — afirmou.

Ocupação de leitos

Baccheretti ressaltou ainda que a média atual de ocupação de leitos de terapia intensiva no Estado é de 80%, o que demonstra o fim do colapso do sistema de Saúde.

— Temos 150 pacientes aguardando leito de terapia intensiva, o menor número desde março. Isso mostra que o número de casos novos permanece baixo. Hoje, temos menos pacientes aguardando leitos de CTI e Enfermaria de covid, do que não covid — explicou.

Educação

Ainda durante a coletiva, o secretário disse que a previsão é que os profissionais da Educação comecem a ser vacinados em junho.

— Minas está seguindo estritamente o PNI (Plano Nacional de Vacinação). O governador solicitou ao governo federal que os professores fossem adiantados na vacinação pela necessidade da volta às aulas. E a expectativa do PNI é que em junho os professores comecem a ser vacinados — concluiu.

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