Metas do Estado devem ser as metas dos brasileiros

Laiz Soares 

 

Metas do Estado devem ser as metas dos brasileiros

 

Ano novo, novas metas. Amo refletir sobre o que conquistei no ciclo que se passou e organizar as novas conquistas que desejo alcançar. Criar metas nos movimenta, cria nosso foco e nos impulsiona. Mas e quando nossas metas são barradas por situações que não dependem apenas de nós?

Uma meta que milhões de brasileiros almejam para 2022 é a conquista de uma vaga no mercado de trabalho. O desemprego já atinge 14,4 milhões de brasileiros e, destes, 1,08 milhão apresenta o ensino superior completo. Conquistar um emprego no Brasil é uma das muitas metas que não dependem apenas de nós, mas também de um Executivo e Legislativo atuantes e comprometidos com seus cidadãos, dedicados a trazer e criar oportunidades para nós.

O investimento na formação de jovens em áreas com alta demanda de mercado para o futuro é uma das formas que o governo pode atuar para a diminuição da taxa de desemprego. 

Segundo um relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, o déficit de profissionais pode chegar a 260 mil até 2024. O mesmo Brasil em que o desemprego assola milhões, apresenta a falta de profissionais na área da tecnologia. Como não aproveitar essa oportunidade para políticas públicas?

Em Divinópolis, a potência do ensino em tecnologia é enorme. Nossa cidade apresenta diversas universidades e cursos voltados a essa área, que só cresce no mundo todo. Isabela Salomé, professora de programação e robótica, é um exemplo em nossa cidade de profissional comprometida com o futuro de Divinópolis. 

Em novembro, ela iniciou uma sala 100% feminina de desenvolvimento web, para a inclusão de mulheres na TI. Isabela é um exemplo de atuação individual para alterar a realidade de toda uma sociedade. Mas essa precisa ser também a preocupação daqueles que atuam na política institucional. 

As metas individuais são muito importantes, porque nos colocam em movimento, mas precisamos pensar em metas coletivas que retirem o país do estado de calamidade em que se encontra. Isso passa pela escolha prioritária do poder público, que deve ter como meta os interesses da população, que é tão negligenciada, criando políticas públicas que transformem a vida das pessoas para melhor. 

A atual conjuntura política, ao contrário, fez com que as questões sociais se agravassem. Prova disso é o retorno do Brasil ao mapa da fome, o numeroso contingente de brasileiros desempregados, o aumento da violência e extermínio de jovens negros e periféricos e o comprometimento da saúde das pessoas. Este último potencializado por um discurso negacionista e anticientífico, que matou milhões de pessoas.

Neste ano teremos a oportunidade de escolher o futuro do Brasil por meio do nosso voto. Torço para que a nossa maior meta seja usar do poder que temos com inteligência, bom senso e sabedoria, para que as nossas escolhas sejam o portal das transformações que tanto queremos. 

 

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