Metalurgia dá sinais de retomada na região Centro-Oeste

Atualmente, a ociosidade das indústrias está em 28,7% na região; no Brasil é de 23%

 

 

Pablo Santos

O nível de produção da indústria regional melhorou. As empresas do Centro-Oeste registraram um crescimento de 1,1 ponto percentual de janeiro a junho. A metalurgia anotou um crescimento de 8,9 pontos percentuais na Utilização de Capacidade Instalada (UCI) verificada pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). Atualmente, a ociosidade delas está em 28,7% na região. No Brasil é de 23%.

No primeiro semestre de 2017 as empresas regionais chegaram a 71,3% da capacidade de produção. Já no mesmo período do ano passado, ficou em 70,2% – crescimento de 1,1 pontos percentuais. Apesar do crescimento de um período para o outro, a UCI de 2015 foi superior aos últimos dois anos na região, quando chegou a 73,7%.

Em maio deste ano, chegou a 71% do nível de produção da indústria regional e em junho registrou uma leve queda de 0,5 pontos. Quando se compara junho com o mesmo período do ano passado, o nível de crescimento foi de 0,6 p.p, chegando aos atuais 69,5% da UCI.

Já a capacidade instalada da indústria de Minas Gerais é maior em relação ao Centro-Oeste. Atualmente, as empresas do estado estão com UCI de 77% no primeiro semestre. No entanto, é menor na comparação com o mesmo período do ano passado, quando chegou a 79,2%.

Já no Brasil, o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) calculado pela Fundação Getulio Vargas, chegou a 74,7% em julho, abaixo da média histórica iniciada em 2005, de 80,7%. Em contrapartida, está um pouco acima do pior momento, dezembro de 2016, de 72,9%. No auge, em março de 2008, o setor chegou a ocupar 85,4% de sua capacidade.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a utilização da capacidade instalada em junho deste ano ficou em 77% no país, com resultado 0,3 ponto percentual abaixo do registrado no mesmo mês de 2016.

— Embora o prolongado período de queda de atividade e de piora do mercado de trabalho tenha ficado para trás, os indicadores industriais ainda não mostram recuperação — afirmou a CNI, em relatório sobre a pesquisa.

Metalurgia 

Na região, a metalurgia apresentou um forte crescimento no nível de capacidade instalada. De acordo com os dados da Fiemg, o crescimento foi de 8,9 p.p no primeiro semestre.

— A retomada de atividades que estavam paralisadas, bem como o retorno de funcionários que encontravam-se em layoff motivaram o aumento do nível de emprego, das horas trabalhadas na produção e da utilização da capacidade instalada — afirmou o relatório da Fiemg.

 

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