Mesmos modos

Preto no Branco

Muda legislatura, as caras que compõem as 17 cadeiras da Câmara, as idades, mas a postura dos vereadores na hora da reunião, é incrível, continua a mesma. Poltronas vazias na hora dos discursos, vereadores falando ao celular, nos corredores batendo papo e outros no plenarinho. É o que se vê logo da porta de entrada do Plenário, quando se chega à Casa. Isso no primeiro dia da volta presencial do público, o que não ocorria há quase um ano por causa da pandemia do novo coronavírus. Claro que há exceções, como as duas mulheres, Ana Paula do Quintino (PSC) e Lohanna França (CDN). Aos demais que se encaixam nesta falta de respeito com o colega, fica a dica: “A primeira impressão é a que fica”.

Saiu na frente 

E nas iniciativas nas três reuniões ordinárias, antes houve duas extraordinárias, já tem novato se destacando. Eduardo Azevedo (PSC) sai na frente ao pedir a instauração de uma CPI para investigar a conduta da empresa responsável pela gestão da UPA. O assunto foi levado ao Plenário por ele na última quinta-feira e, nesta terça, teve o apoio unânime dos colegas. Isso é sem dúvida, assunto local e de grande interesse da população. A comissão que vai apurar as denúncias já foi formada e a torcida agora é para que não termine como a outra, na legislatura passada. Pedida pela ex-vereadora Janete Aparecida (PSC), que agora está do outro lado como vice-prefeita, teve mais alarde do que ações de fato. Prova disso é que ninguém se atentou que a atual administradora não poderia nem ter entrado no processo licitatório. Passou despercebido pelo Legislativo, a Prefeitura deu ok e terminou em uma operação da Polícia Federal (PF) no fim do ano passado. Se o vereador não for os olhos e os ouvidos da população, está ocupando o cargo errado. 

Não basta 

Representar. Verbo transitivo direto que significa ser imagem, símbolo.  Trazendo isso para a política, é o que disse no tópico anterior. Mas é isso mesmo que acontece? Todos sabem que não, o que é nítido em todas as esferas deste país. O que fica claro também é o egocentrismo e o tal de “levar algo em troca”. E na Câmara, assim como já tem vereador sobressaindo, outros já começaram o puxa-saquismo. Prática comum, intragável e ridícula. Como hoje todo mundo dá notícia de tudo, já estão enxergando uns e outros agindo desta forma, principalmente em relação ao presidente da Casa. Se bajulação resultasse em alguma coisa de proveito, muita gente não precisava nem trabalhar mais, vivia de boa. Ao contrário, além de feio, só leva a pessoa ao descrédito. Não que político profissional tenha algum,  mas vai que alguém desinformado ainda apoie. 

Formiga na cadeira? 

Talvez isso explique o entra e sai na Secretaria de Cultura da Prefeitura de Divinópolis. O prefeito Gleidson Azevedo (PSC) assumiu há pouco mais de um mês e Diniz Borges filho já é o terceiro a ocupar a pasta. Questionamentos pipocam nas redes sociais e entre pessoas ligadas e envolvidas na área. E faz sentindo. Que tem algo errado, isso é fato. Mas precisa ser explicado. Não se sabe onde está o erro – nas assessorias de governo, ordem para não falar, e acaba respaldando na Comunicação.  Seja onde for, e o que for, precisa ser falado. Além de mostrar transparência no governo, a população tem o direito de saber. 

Nos corredores 

Claro que as conversas de corredores, na maioria das vezes, não passam de especulações. Mas, também, muitas vezes seguem certinho aquele conhecido ditado popular: “Onde há fumaça, há fogo”! Rumores na própria Prefeitura, há alguns dias, davam conta de que a saída de Rodrigo Moura estava próxima. Ele ocupava oficialmente o cargo comissionado de assessoria Executiva, lotado no gabinete do prefeito, no entanto atuava no gabinete da vice-prefeita. Ele não estaria satisfeito com o estilo de trabalho dela. E não deu outra. A publicação saiu no Diário Oficial dos Municípios Mineiros de ontem. O mesmo acontece em relação ao secretário de Obras e Planejamento, Will Bueno. Ele estaria com dias contados à frente da pasta, será? Ninguém confirma, no entanto, se o ditado prevalecer...  “Para um bom entendedor, meia palavra basta.”

 

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