Meditação e longevidade

Gary Small, no livro A ciência da longevidade (Editora Equilíbrio), sugere que a prática da meditação tem influência positiva na saúde e, consequentemente, na longevidade. As pessoas que param para respirar fundo e contemplar conseguem aumentar a sua atenção aos pensamentos, sentimentos e estados físicos. Com isso, podem perceber quando já comeram o suficiente, por exemplo, e podem controlar o peso com mais facilidade. Quem tem o hábito de praticar o silêncio tem também mais facilidade de escutar os outros com atenção plena, o que melhora os relacionamentos. Se fossem somente esses os resultados da meditação, ela já seria altamente recomendável. Mas os frutos dessa prática vão além.

Facilita a cura de doenças. Uma pesquisa mostrou que pacientes que ouviram uma fita de meditação durante um tratamento curaram-se quatro vezes mais rápido do que os pacientes que não meditaram. Small afirma que a meditação regular pode prolongar a vida. Mais de 200 voluntários de meia-idade e idosos foram acompanhados durante oito anos. Todos apresentavam níveis moderados de hipertensão, doença que tende a se agravar com o estresse do dia a dia. Os que meditavam regularmente apresentaram uma taxa de mortalidade 23% menor que os demais. Mortes por doença cardiovascular foram 30% menos frequentes, e as taxas de mortalidade de câncer foram 49% mais baixas naqueles que meditavam, em comparação com os que não adotavam essa prática. A meditação, ou oração silenciosa, conduz a estados de profundo relaxamento físico e mental. Ela não só nos traz uma sensação de tranquilidade, mas também altera a nossa fisiologia: taxas de respiração e batimentos cardíacos diminuem, a pressão sanguínea abaixa e os músculos se relaxam.

No momento da contemplação, não é preciso fazer pedidos, pedir perdão ou fazer agradecimentos. A única necessidade que temos é a de escutar. Escutar a Deus! Essa escuta plena irá nos indicar o melhor caminho. Nas Sagradas Escrituras, antes de passar os seus mandamentos, Deus disse: “Escuta, Israel!”. Ao meditarmos, estamos obedecendo a esse mandamento, ao mandamento da escuta. Nessa atitude contemplativa nos colocamos à disposição do Criador. Ele então nos orienta sobre qual é o melhor caminho a seguir. As orientações aparecem através de sentimentos, intuições, sonhos e até mesmo do encontro com pessoas que nos falam aquilo que precisávamos ouvir. Com essa prática, aumentamos o número de “coincidências” positivas. Vamos aos lugares certos, nos encontramos com as pessoas certas e realizamos as tarefas que realmente precisávamos realizar para o nosso bem e para o bem de todos.

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