Mais caminhoneiros aderem à paralisação na região Centro-Oeste

 

Gisele Souto

A manifestação dos caminhoneiros contra o aumento do diesel, realizada desde a madrugada de segunda-feira, 21, fechou vários trechos na região Centro-Oeste e ontem ganhou reforço.  Eram quatro pontos. Com a adesão de caminhoneiros em trecho próximo a Cláudio, são cinco: Divinópolis, Cláudio, Itaúna, Arcos e Córrego Fundo. Porém, em nenhum deles, há congestionamentos ou bloqueio de pista. O trânsito segue normalmente.

O trecho em Divinópolis é na MG-050, próximo ao posto Marçal; logo depois do posto da Polícia Rodoviária. Já na MG-260, o quilômetro é 34, em Cláudio, último a aderir ao movimento. Em Arcos, na BR-354, entre os quilômetros 473 e 476. Movimento também pacífico, sem impedimentos na MG-439, quilômetro 6, próximo a Córrego Fundo, na balança do Departamento de Estrada e Rodagem (DEER). Já em Itaúna é no quilômetro 86, próximo ao trevo da cidade.

Cláudio

Um novo ponto de manifestação foi confirmado ontem à tarde pela Polícia Militar Rodoviária (PMR) O trecho fica na MG-260, quilômetro 34, próximo a Cláudio. Até o meio da tarde, havia 18 caminhões nos dois sentidos e 50 manifestantes no local.

Segundo a PMR, a exemplo dos demais locais, a situação é pacífica, sendo permitida a circulação de veículos com carga viva, perecível e outras mercadorias mais delicadas.

Em todos estes pontos, viaturas da PMR fazem ronda durante o dia e a noite.

Oliveira

Próximo a Oliveira, o movimento também ganhou novas adesões. Lá, os caminhoneiros se concentram no posto Juá, na BR-381. Todos os caminhões estão estacionados em dois pátios do posto. A pista está liberada nos dois sentidos. Na via, quem faz as rondas são das viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

No momento do fechamento desta reportagem, por volta das 16h, segundo informações que chegaram à redação, havia protesto também no trevo de Pitangui.

Motivo

Os atos são contra os constantes reajustes nos preços do diesel. Em Divinópolis, até ontem, sem o novo reajuste, o preço do litro era vendido em média a R$ 2,149. Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o combustível e reivindicam que a alíquota de PIS/Pasep e Cofins chegue a zero. Querem também a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Os impostos representam, segundo eles, quase a metade do valor do diesel na refinaria.

Aumentos e quedas

A partir de hoje, a gasolina e o óleo diesel ficarão levemente mais baratos nas refinarias de todo o país. Informações divulgadas ontem no site da Petrobras indicam que o preço da gasolina cairá 2,08% e o do diesel, 1,54%.

Segundo a Agência Brasil, a queda no preço da gasolina ocorre depois de 11 aumentos consecutivos nos últimos 17 dias e de o preço do produto ter fechado os primeiros 21 dias do mês de maio com alta acumulada de 16,07%. Com a queda de 2,08% que entra em vigor hoje, o preço da gasolina nas refinarias cairá para R$ 2,0433.

No caso do diesel, ainda segundo a Agência Brasil, com a queda de 1,54%, após sete aumentos consecutivos, o produto passará a custar a partir de amanhã nas refinarias R$ 2,3351. O diesel acumula desde o dia 1º de maio alta de 12,3%.

A queda de preços anunciada ontem pela Petrobras se dá um dia depois de a companhia ter informado mais um aumento nas refinarias de todo o país nos valores do diesel, que subiu 0,97%, e nos da gasolina, com alta de 0,9%.

Cotações variam

A Petrobras aponta altas constantes dos derivados e atribui as elevações de preços às oscilações do preço do barril do petróleo no mercado externo. Segundo a estatal, “os combustíveis derivados de petróleo são commodities e têm seus preços atrelados aos mercados internacionais, cujas cotações variam diariamente, para cima e para baixo”.

 

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