Litro da gasolina bate os R$ 4

Pode ficar ainda mais caro; alguns postos ainda não reajustaram

Jorge Guimarães

Encher o tanque já é coisa do passado nos dias de hoje, pois abastecer em Divinópolis nunca doeu tanto no bolso do motorista. O litro da gasolina, que no fim de agosto podia ser encontrado em média a R$ 3,80, hoje já ultrapassa R$ 4, conforme a forma de pagamento, em vários postos da cidade.

O valor máximo pode ultrapassar R$ 4,10 nos próximos dias, uma vez que alguns postos ainda não repassaram o reajuste ao consumidor final. A esperança é de que os preços voltem a patamares anteriores já no final de semana. Isto é, se o feriadão não atrapalhar.

Normalidade

A boa noticia é que a refinaria da Petrobras nos Estados Unidos, paralisada no fim de agosto, voltou a operar no fim de semana com uma melhora das condições climáticas e das inundações após a passagem da tempestade Harvey pelo Texas.

A unidade Pasadena, com capacidade para pouco mais de 100 mil barris por dia, já está em processo de retomada de produção e deve voltar totalmente ao normal até o próximo fim de semana, segundo notícias vindas da estatal.

Repasse

O Agora telefonou para postos de combustíveis ontem à tarde e verificou que alguns já haviam repassado o aumento ao consumidor. Outros ainda tinham estoque para os próximos dias.

Em um posto no bairro Sidil a gasolina comercializada no último dia 26 custava R$ R$ 3,799 à vista e no crédito chegava a R$ 3,899. Ontem, nas mesmas condições de vendas, os valores passaram para R$ 4,029 e R$ 4,129, respectivamente.

Em outro ponto de venda, no Centro, há 15 dias o litro do combustível era vendido a R$ 3,84 à vista e hoje o mesmo é comercializado a R$ 3,99 e R$ 4,14 no cartão.

Preços estes que ainda podem ter reajustes. Os aumentos concedidos pelo governo ainda não foram repassados integralmente ao consumidor final.  O aumento na bomba do último reajuste anunciado pelo governo tem sido de até R$ 0,10 por litro.

— Nossa esperança é de que os preços voltem a se normalizar nos próximos dias em virtude do mercado internacional. As refinarias nos EUA já estão voltando a funcionar e a demanda voltando a ser como era antes — analisou o empresário Alvimar Mourão.

Preços

Os últimos aumentos podem gerar um efeito de alta em vários itens de consumo, principalmente os alimentos, que tradicionalmente são transportados via rodoviária.

Segundo o economista Leandro Maia, esses aumentos acabam afetando o preço final de todos os produtos. Os alimentos, de forma geral, serão um dos atingidos. Principalmente devido aos insumos e fertilizantes, além dos fretes.

— Mas, como os mesmos estão em baixa, o aumento pode ser sentido em menor intensidade. Assim como em relação à inflação que está em queda, o que não afetará os números diretamente — avaliou o economista.

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