Justiça Federal para contra a reforma da Previdência Social

 

Gisele Souto

Os Servidores do Judiciário Federal param hoje em todo país em protesto contra a Reforma da Previdência Social. Haverá greve geral e a exemplo de outras cidades de Minas Gerais, Divinópolis aderiu à paralisação.  O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal de Minas Gerais (Sitraemg) nomeia o teor da reforma, como pauta maldita. Em Divinópolis, haverá uma assembleia a partir das 13h, na sede da Justiça do Trabalho, sediado à rua Pernambuco, esquina com Antônio Olímpio de Morais. De lá, os cerca de 50 servidores que atuam na cidade, seguem e passeata pelas principais ruas do Centro, se concentrando no quarteirão fechado da rua São Paulo. Os servidores afirmam que não dá para engolir que o presidente da Câmara Rodrigo Maia (PMDB), empurre de qualquer jeito esta reforma ainda este ano. A terça-feira será repleta de reuniões e atos e, só depois disso é que os servidores vão decidir, se continuam parados ou não.

Reclamações

O Sitraemg afirma que a medida do governo Michel Temer (PMDB) é totalmente contra a classe trabalhadora, e o protesto é para que ele desista de mais essa investida para retirar direitos dos servidores públicos e dos trabalhadores da iniciativa privada.

Decisão

A decisão ocorreu depois de assembleia geral extraordinária realizada ontem em frente ao prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Belo Horizonte.  A Greve Geral Nacional foi convocada pelas Centrais Sindicais para esta terça-feira, 5.

A assembleia contou com a presença de cerca de 60 servidores, que realizaram um amplo debate sobre a necessidade de sair da zona de conforto e iniciar uma forte mobilização contra a reforma da Previdência e demais ataques do governo Temer. Principalmente os servidores da Justiça do Trabalho que têm sofrido com corte de verbas discriminatório, a ameaça direta de extinção dos Tribunais do Trabalho, e à reforma trabalhista, conforme o sindicato.

A decisão da assembleia foi mantida apesar da decisão das maiores Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB) de suspender a greve em função do adiamento da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. O Sitraemg considera ainda, que desmobilizar a categoria agora só fortaleceria os apoiadores da reforma, por isso, seguirá mobilizado junto às demais categorias e centrais sindicais que decidiram manter a greve.

— Sabe-se, porém, que os interessados na reforma, incluindo a imprensa, agem o tempo inteiro de forma traiçoeira. Se a gente cochilar, adeus! — afirma o sindicato em nota.

 

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