Já é “alguma coisa”...

...poderiam dizer os funcionários municipais, com o aumento de quase 4% sobre os atuais salários. Afinal, com grandes dificuldades, o prefeito Galileu Machado (MDB) honrou os 4% em duas vezes dados no ano passado e, agora retorna ao gatilho salarial, “uma coisa” que foi inventada no governo de Demetrius Pereira (PT). Na época, a Prefeitura estava passando por bons momentos e ele, Demetrius, pensava em se candidatar à reeleição, que, diga-se de passagem, dificilmente perderia.

O tempo passou...

...e com ele as agruras da falta de recursos que acabou com o segundo mandato de Vladimir Azevedo (PSDB), que chegou ao final do seu último ano de governo com os cofres limpos. É que o gatilho salarial é uma boa arma para quem recebe e um tiro fatal para quem paga. Assim, além do aumento normal do gatilho, aqueles aumentos enrustidos sobre biênios, triênios, quinquênios etc. inflam a folha salarial em quase 7% todos os anos. Somando-se isto aos quatro, viram 11%, nada mal. E se não for aprovado pela categoria, o que ninguém acredita, os servidores ficarão sem nada, pois o prefeito já está aumentando o que não pode, mas tem de cumprir a lei.

Enquanto isso...

...fazendo-se der morto, o governador Pimentel (PT), que não tem nenhum “gatilho” apontado para sua cabeça, entra no terceiro ano do seu mandato sem qualquer porcentagem de aumento e pagando em três vezes. Ele é candidato à reeleição, embora a cúpula do PT entenda que por absoluta falta de nomes no partido, ele vai acabar disputando a presidência. Ainda sem qualquer pesquisa neste sentido, sua rejeição é nula para uma campanha presidencial.

Com Anastasia...

...tudo pode acontecer diferente. Esta carta tirada da manga do colete de Aécio Neves (PSDB) pode lhe dar a chance de uma dobradinha e o atual senador se candidatar à reeleição. É bom lembrar que Antonio Anastasia (PSDB) é aquele cara que não tem arestas, fez um governo sofrível, não brigou com ninguém e pode, sim, ocupar um espaço interessante agora disputado por Pimentel e Marcio Lacerda (PSB). Um ou outro candidato aparecerá para engrossar o time, mas, se houver um segundo turno em Minas, um dos concorrentes será Anastasia. Se o outro for Pimentel, a faixa já tem destino, será do PSDB. E Aécio vai na sobra...

Muito esquisito

A reportagem do G1 mostra que o bispo de Formosa em Goiás, Dom José Ronaldo, e mais quatro padres compraram uma fazenda para criar gado, além de uma lotérica. Afirma também que o citado bispo já havia feito algo parecido em Janaúba e que, por isso, foi transferido para a atual sede do bispado. Particularmente, recuso-me a acreditar que um bispo estivesse querendo se enriquecer, enroscando com ele mais alguns clérigos e se aventurando até em casa de loteria.

A Igreja Católica sempre foi muito zelosa com as suas autoridades e, por certo, não iria permitir tamanha discrepância de procedimento. Há algo muito estranho em tudo isto, pois Formosa é uma cidade com pouco mais de 100 mil habitantes, uma das dez melhores cidades turísticas de Goiás, e por que um bispo e quatro padres, e provavelmente mais gente, estariam escondendo dinheiro de dízimo, uma bagatela que mal dá para despesas da casa paroquial? Como eu não conheço nenhum padre rico, ou que esteja ou esteve desviando dinheiro de sua paróquia, vai aqui o meu ponto de interrogação exclamativo: ?!

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