Iter criminis

Domingos Sávio Calixto

Iter Criminis corresponde ao itinerário do crime, o caminho percorrido pelo delito desde sua elaboração mental até sua realização completa pelo autor no resultado efetivo.

Os teóricos do direito penal costumam dividir o caminho do crime em cogitação e preparação como etapas psicológicas – planejamento – até a execução e consumação como etapas concretas, ou fechamento do delito – summatum opus.

Qual é o iter criminis de um genocídio (Lei 2889/56)?

Ora, considerando-se que o genocídio é a destruição de um grupo nacional, seja por morte ou lesão, sua elaboração tem etapas que podem ser percebidas tomando-se as cogitações de um qualquer presidente (não confundir com um presidente qualquer) e seu plano.

Considera-se “qualquer presidente” alguém que tenha sido colocado no poder em virtude de uma conspiração com aparência legítima e formato jurídico de fachada, mas que na realidade neutralizou o candidato favorito, ou seja, prendendo-o. Eis a preparação.

Feito isso, o “qualquer presidente”, doravante QP, foi colocado no poder por conta do seu despreparo e ignorância, exatamente como desejado pela grande conspiração que o “elegeu” – execução –, e para que a conspiração tenha êxito na extorsão contra a estrutura do Estado, o QP é instruído a representar seu papel estapafúrdio.

Enquanto o QP age como um estapafúrdio tresloucado no quadro pandêmico, a mídia se encarrega de jogar os holofotes sobre ele, deixando a conspiração agindo na penumbra junto ao parlamento no qual ela (a conspiração) tão pesadamente investiu. É a execução em andamento.

A pandemia jamais alterou os planos da conspiração, muito menos atribuir justo apoio e gastos com os indivíduos vulnerabilizados por ela, mesmo porque as finanças do Estado já estavam comprometidas com o capitalismo financeiro, bancos e investidores internacionais – aqueles que investiram no parlamento, conforme planejado.

A solução foi orientar o QP e seu comportamento estapafúrdio a tornar a pandemia também estapafúrdia, inclusive atribuindo-se-lhe discursos negacionistas. Assim o QP colocou em prática sua cogitação e preparação de genocídio, negando que exista a doença e negando-se a comprar-lhe vacina. 

Para garantir êxito da execução o QP impõe um “tratamento precoce” sabidamente ineficaz e mortal. As pessoas começam a morrer e o plano continua. O QP também “escolhe” um ministro da Saúde que não é nem ministro da Saúde, nem médico, nem faz acordo algum que envolva vacinação, afinal, as pessoas já começaram a morrer e o plano continua.

  Aglomerações são as atitudes preferidas pelo QP. Como estapafúrdio que é, nega-se a usar máscara, a não ser aquela que esconde sua própria incompetência de forma bem natural. O QP estapafúrdio também “escolheu” um embaixador de alienações internacionais para impedir, lá do estrangeiro, que vacinas chegassem por aqui – Consórcio Covax Facility – não permitindo que o país se alinhasse a outros na aquisição do medicamento salvador, e o plano continua.

O embaixador de alienações do QP também agiu contra recomendações e contra o programa de vacinação em massa da OMS. Esse mesmo embaixador escolhido pelo QP estapafúrdio também é orientado por um astrólogo maluco que acredita que a terra é plana e  que há um globalismo  ameaçador, tudo ao mesmo tempo e tudo muito estapafúrdio. E o plano continua.

O QP estapafúrdio não só bate continência para bandeira de outra nação, como também acata ordens do presidente dessa mesma nação, ordens como deixar de comprar vacina de um país que o outro país estapafúrdio não gosta. A ordem foi acatada e o plano continua.

As mortes foram acontecendo conforme planejado: 10 mil, 100 mil, 200 mil, 300 mil pessoas eliminadas. Genocídio consumado, o mundo perplexo, mas o plano continua. O plano da organização criminosa genocida é manter a desorganização. São ataques articulados e sistemáticos contra a população civil, tanto que muitos líderes da conspiração tomaram vacinas às escondidas, de forma oculta, inclusive em Miami – EUA.

A técnica vem funcionando: a. propaganda contra a saúde pública, banalizando a doença com espetáculos presidenciais em clara incitação ao contágio; b. estímulo a um falso tratamento precoce sabidamente ineficaz; c. debate estapafúrdio sobre a economia que “não pode parar”, sem nenhuma defesa dos próprios trabalhadores vão fazê-la movimentar.

Como se não bastasse – para potencializar o genocídio – o QP ainda toma atitudes contra governantes que tentam conter a doença, seja querendo confiscar as vacinas, seja tomando medidas “judiciais” para evitar o recolhimento de pessoas em suas casas, seja atrasando os repasses necessários e até mesmo atrasando a própria vacina. Não faltaram até vetos às leis para combater a pandemia.

Diante destas breves ponderações pode-se concluir claramente que o genocídio passou por todas as etapas do iter criminis. Além da consumação em 300 mil mortes, o delito caminha para o exaurimento em busca de outra centena de milhares de mortes. Tudo planejado. Resta a esperança de que a nação atacada consiga seu próprio “Tribunal de Nuremberg”, e que a conspiração e seu QP estapafúrdio paguem por esse crime contra a humanidade.

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