Investigações apontam surto psicótico de policial em tragédia

Polícia Civil divulga primeiras informações oficiais a respeito das apurações

Ricardo Welbert

A Polícia Civil começou a divulgar, na manhã desta segunda-feira (14), as primeiras informações sobre a sequência de assassinatos cometidos pelo soldado da Polícia Militar (PM) Igor Quintão Vieira, 23, neste fim de semana. A principal linha de trabalho aponta para surto psicótico.

A única pista que os investigadores têm é uma mensagem que Igor enviou ao irmão após matar a namorada e a sogra em Divinópolis, e pouco antes de matar a mãe em Rio Pomba, na Zona da Mata. No texto, ele afirma que ouviu vozes que o teriam impelido a fazer algo terrível e que mataria a mãe para ela não sofrer com o que havia feito. A possibilidade de ter tido um surto psicótico é uma das linhas de investigação da Polícia Civil.

De acordo com o delegado regional em Divinópolis, Leonardo Pio, amigos e familiares afirmaram que o soldado não fez queixa de nenhum problema. Ele frequentava normalmente o curso de formação de sargentos, onde, um ano atrás, conheceu a namorada, também soldado, Aline Guimarães Rodrigues, 34.

O relacionamento começou há cerca de três meses, e também não existem relatos de brigas.

Segundo o delegado, Igor veio para Divinópolis para conhecer a família da namorada. Eles chegaram à casa da família de Aline por volta das 20h. O assassinato dela e da mãe ocorreu em torno das 2h30 de sábado. Ele diz também que vai ouvir mais pessoas nos próximos dias.

Após matar a namorada e a sogra, Elisabete Guimarães Rodrigues, 66, Igor foi para sua cidade natal, Rio Pomba, a cerca de 300 km de Divinopolis. Ele chegou à casa da mãe, Eloísa Quintão Vieira, de 48 anos, por volta das 7h de sábado. Lá, ele a matou e, em seguida, atirou em sua própria cabeça.

A Delegacia de Mulheres também trabalhará nas investigações dos crimes, já que o crime poderá ser enquadrado em feminicídio.

Segundo informações iniciais da perícia da Polícia Civil, todas as vítimas do soldado Igor dormiam quando foram assassinadas. A perícia aponta para um tiro dado à queima-roupa, na altura do ouvido das vítimas.

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