Intenção de investir recua na indústria mineira

 

Pablo Santos

O otimismo dos industriais mineiros perdeu força. As intenções de investimento recuaram e os estoques aumentaram. A conclusão é da Sondagem Industrial de maio, pesquisa de indicadores de produção e emprego da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

Conforme o levantamento, o indicador de evolução da produção caiu 1,8 ponto em relação a abril (51,4 pontos) e marcou 49,6 pontos em maio.

O resultado revelou uma produção industrial perto da estabilidade no mês, com índice próximo dos 50 pontos – fronteira entre recuo e elevação. Contudo, o indicador foi 2,5 pontos superior à sua média histórica (47,1 pontos) e ficou 11,7 pontos acima do apurado em maio de 2018 (37,9), quando a produção foi seriamente impactada pela greve dos caminhoneiros.

— Os indicadores de produção e emprego da Sondagem Industrial apresentaram resultados inexpressivos em maio. A utilização da capacidade instalada permaneceu abaixo da usual para o mês, revelando que as empresas operaram com ociosidade. A pesquisa apontou ainda que os estoques finais aumentaram e ficaram acima do planejado, sugerindo que as indústrias esperavam vender mais — afirmou a pesquisa.

Estável

Ainda de acordo com a pesquisa, o emprego também ficou relativamente estável em maio. O indicador de evolução do número de empregados mostrou pequeno crescimento frente a abril (49,0 pontos) e registrou 49,4 pontos, valor próximo da linha divisória dos 50 pontos. Apesar do resultado pouco expressivo, o índice de maio foi o melhor para o mês em seis anos. 

 Os estoques de produtos finais das indústrias cresceram em maio (52,6 pontos).

— Com o aumento, as empresas encerraram o mês com acúmulo indesejado de estoques pelo quarto mês consecutivo – o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado marcou 50,9 pontos, valor igual ao verificado em abril. Na comparação com maio de 2018 (55,2 pontos) houve melhora do índice, que apontou nível de estoque mais próximo do planejado pelos empresários — destacou a pesquisa.

 

Comentários