Indústria na contramão da recuperação parcial

 

 

Pablo Santos

 As vendas da indústria regional atravessam um momento delicado com mercado interno e exportações desaquecidas. Dados da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) revelam, no geral, faturamento com desempenho negativo até julho e o pior resultado desde 2015. A retração dos negócios no acumulado do ano destoa da média estadual com saldo positivo no faturamento, além de uma recuperação parcial em 2018. 

Em janeiro, quando se comparado com dezembro, as vendas declinaram 18,2%. No confronto de fevereiro com janeiro, o faturamento cresceu em 0,6%.  Em março, contra o mês anterior, o salto positivo foi maior: 20,9%. Já de abril com março, as vendas na indústria regional retraíram 4,9%. De maio para abril, a queda foi de 8,2%, de acordo com a Fiemg.

De junho para maio, a alta foi de 22,9%. No último levantamento disponível, as vendas caíram 15,9% em julho, quando se compara com o mês anterior, apontou a Fiemg.

Conforme as estatísticas da Fiemg, em quatro cenários, o faturamento da indústria regional está negativo. No acumulado do ano, por exemplo, o faturamento das indústrias regionais está com declínio de 10,7%. No acumulado de 12 meses, a retração soma 7,9%. Já o cenário com maior adversidade é julho se comparado com o mesmo período do ano passado. A queda nas vendas chega a 24,5%. A outra situação é a de julho com junho, apontou a Fiemg.

— O faturamento real recuou 15,7% em julho, após um aumento atípico de 22,9% em junho. O desempenho pode ser explicado pela queda das vendas no mercado interno e das exportações — afirmou a nota da Fiemg.

Ainda de acordo com os dados, o desempenho de 2018 no acumulado do ano é o pior desde 2015.

No ano passado, o faturamento das indústrias regionais ficou positivo em 3,7%.  Já em 2016, os dados apontaram para alta de 1,4%. Em 2015, as vendas tiveram uma retração de 11,2%, apontou a Fiemg. 

MG 

Se nas empresas do Centro-Oeste as vendas amargam queda, a indústria geral de Minas Gerais convive com um processo de recuperação parcial.

— O faturamento caiu 5,3% entre junho e julho, mas a queda ocorreu após um aumento atípico de 28,9% no mês anterior. Contudo, o faturamento é positivo no acumulado do ano (3,9%), e o único indicador da pesquisa com tendência ascendente após a intensa deterioração da indústria observada durante a crise econômica recente — destacou o relatório da Fiemg.

 

 

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