Indústria caminha para fechamento frustrante
Pablo Santos
A Pesquisa Indicadores Industriais revelou recuo no faturamento e massa salarial da indústria do Centro-Oeste. Horas trabalhadas e emprego registraram leve acréscimo. O levantamento é realizado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e foi apresentado ontem. O ano caminha para ser encerrado como frustrante para a indústria mineira. Dezembro ainda não foi contabilizado nesta última pesquisa.
De janeiro a novembro de 2018, o faturamento real recuou 0,2% nas indústrias do Centro-Oeste. As vendas também declinaram 13,9% em novembro, frente a outubro, após o aumento expressivo ocorrido no mês anterior (53,4%), apontou ainda o levantamento.
Também de acordo com a pesquisa da Fiemg, a queda foi motivada pela redução das vendas no mercado interno.
No acumulado dos 12 meses, o recuo do faturamento é maior: 1,5%.
Em contrapartida, em novembro de 2018, no confronto com o mesmo período do ano anterior, os números assinalaram índice positivo, com crescimento de 8,5%.
A massa salarial também apresentou recuo nos 11 meses de 2018. O indicador caiu 5,0%, a segunda maior queda da série histórica, atrás apenas da verificada em 2016 (-10,9%), apontou a pesquisa da Fiemg.
Em novembro do ano passado, comparado ao mesmo período de 2017, a massa salarial recuou 0,2%, e, nos últimos 12 meses, a retração foi de 4,7%.
Já quando analisado novembro contra outubro, a massa salarial real cresceu 25,9%, em virtude do pagamento da primeira parcela do 13° salário.
— Em um ano marcado por episódios como a greve dos caminhoneiros e as eleições, a indústria mineira não esboçou sinais de retomada intensa, frustrando as perspectivas iniciais de uma recuperação mais forte da atividade — afirmou levantamento da Fiemg.
Avanços
Dois indicadores no acumulado do ano apresentaram saldo positivo: as horas na produção cresceram 0,5%, e o emprego também apresentou leve aumento de 0,2%, de acordo com a Fiemg.
— Esses crescimentos foram inferiores aos de 2017, quando as horas trabalhadas avançaram 0,6% e o emprego, 1,6% — apontou em nota a Fiemg.