Incredulidade

No meio jurídico existe perplexidade em relação ao recente caso ocorrido na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Quem acompanha o noticiário sabe do ocorrido: a justiça condenou, mandou prender e os deputados mandaram soltar. Mas como assim?! Eis a incredulidade! Como pode um juiz ordenar a prisão e deputados, que não fazem parte do judiciário desrespeitarem, sem dar bola ao Tribunal que tomou a decisão. Vai ficar assim?!!!

Parece que não

É aí que se volta ao caso da saúva, aquela formiga que certa vez o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, profetizou: “ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil”. Como ele disse isso há mais de 150 anos e o Brasil continua do mesmo jeito, é porque a saúva perdeu a guerra, pois o país foi mais forte. E agora, quem é mais forte, o judiciário ou os políticos?

Eles estão ganhando

No caso, “eles” são os políticos, que nomeiam os juízes que irão julgá-los e assim estão acima da lei e nenhum juiz de qualquer tribunal ganha sozinho uma briga. No Supremo, apenas três juízes não fazem parte da dupla Lula e Dilma/Temer, e assim o futuro continuará sendo decidido pelos palácios do Planalto e do Jaburu, em encontros na madrugada. Como quase toda a classe política está envolvida em crimes pesados, de nomes até então desconhecidos pela maioria dos brasileiros, o quartel do Abrantes continuará como dantes, isto é, na maciota, como gostam os malandros.

Difícil mas...

...não impossível é a tarefa do novo diretor da Polícia Federal, Fernando Segóvia, que segundo as mídias quer acabar com a Lava Jato e por isto já mudou delegados e supervisores, além de trocar tudo de lugar. Pode ser. Segóvia terá trabalho com a opinião pública e com o Ministério Público, além de bravatas dentro do próprio ambiente. Explica-se: a PF nunca passou por momentos tão bons e de reconhecimento por parte da população. Se o próprio diretor- geral tomar a frente e desmoralizar o que já foi feito, sabe-se lá o que pode acontecer.

Ofício

O vereador Edson Sousa enviou-me ofício, já respondido, solicitando esclarecimento a respeito de uma possível reportagem que o Agora publicaria sobre enriquecimento ilícito de dois colegas dele. Um terceiro havia levantado a questão, e Edson se mostrou muito aborrecido e, por isso, tomou a providência de esclarecer. Faço mais: Edson nunca conversou comigo a respeito de nenhum de seus colegas, e houvesse feito isso, este Diário já teria ouvido os envolvidos. Deixo de citar os nomes por várias razões, uma delas é que nenhum deles tem cacife para fazer parte da elite divinopolitana. Não que eu saiba, claro!

Realmente...

Os tempos eram outros! Nada a ver com o folhetim da Globo, que parece ter contado uma história ao inverso, tornando bandidos em mocinhos e vice e versa. Como foi dito ontem neste noticiário, mais um jovem foi morto, desta vez com 13 tiros, o que sugere uma acerto de contas ou uma “limpeza” como se diz no meio da criminalidade. Nos dias de hoje, muito ao contrário “dos outros tempos” da Globo, mata-se mais e de forma arrasadora. Não se atira para matar, mas sim, para se ter certeza de que o alvo foi morto. Nos “bons tempos”, os crimes eram mais passionais ou resultantes de uso exagerado de bebida alcoólica. Ladrões eram raros e se podia ir a bares e botecos sem restrição de bairros. O Niterói por aqui já foi famoso, mais pelas lindas moças de lá do que pela criminalidade. Hoje não é muito diferente, já que o crime está espalhado pela cidade inteira. Mas isso ainda não é o fim!

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