Incêndio que atingiu ferro velho e edifício pode ter sido criminoso

Apesar de não deixar vítimas, chamas causaram grande prejuízo material

Bruno Bueno

O incêndio que atingiu um ferro velho e um edifício com três pavimentos na madrugada de ontem, em Divinópolis, pode ter sido criminoso. Conforme apurou o Agora, a Polícia Civil (PC) está realizando a perícia criminal e, após o término do laudo, vai constatar se as chamas foram de origem intencional.

Incêndio

Ainda segundo informações do Corpo de Bombeiros, a central de operações recebeu o chamado de incêndio por volta de 1h. A corporação enviou duas viaturas para controlar as chamas, porém, o primeiro trabalho foi evacuar todas as pessoas que estavam nos prédios que também foram atingidos.

— Nossa prioridade foi garantir a integridade física dos moradores do prédio, com evacuação total de todas as pessoas para um local seguro. A saída das pessoas foi bem tranquila, todas já estavam acordadas. O trabalho foi bem feito e, consequentemente, não houve vítimas — explicou.

Chamas

Após a evacuação das pessoas nos prédios, o trabalho de combate às chamas, que já estava sendo realizado no momento da chegada dos bombeiros, foi intensificado. 

O sargento bombeiro militar Luciano Silveira deu mais detalhes sobre o trabalho de contenção das chamas.

— Foram gastos, pelas equipes de socorro no combate às chamas, aproximadamente 30 mil litros de água, sendo o incêndio totalmente debelado tanto no prédio residencial quanto no galpão do desmonte de veículos. Quando controlamos a situação, iniciamos a operação de rescaldo, isto é, coibir novos focos das chamas — afirmou.

Estragos

Apesar do incêndio não ter causado vítimas, os estragos materiais, segundo o corpo de bombeiros, foram enormes.

— As chamas causaram estragos em alguns móveis dos apartamentos, em peças e também em veículos automotores que se encontravam no interior do desmonte veicular. O incêndio causou prejuízo material em todos os três pavimentos — comenta o sargento.

Perícia

Com o controle das chamas realizado, a Polícia Civil foi acionada para realizar a perícia do incêndio, que busca, por meio de um levantamento cuidadoso, estabelecer a origem do fogo. A Defesa Civil também foi acionada para avaliar estruturalmente o edifício atingido. 

Os moradores do prédio foram orientados para não retornarem aos seus apartamentos até que a conclusão da perícia e da avaliação da Defesa Civil.

Questionado pela reportagem sobre o trabalho da perícia, a Polícia Civil respondeu:

— Foi instaurado inquérito policial para apurar as causas do incêndio. Equipes da PCMG, peritos e investigadores estiveram no local dando início aos trabalhos de polícia judiciária, com procedimentos periciais e coleta de informações. O laudo pericial deverá ser concluído em até 30 dias — explicou.

Desespero 

Vídeos, fotos e publicações das chamas começaram a circular nas redes sociais logo após o início do incêndio. Em uma das várias postagens, uma mulher que filma as chamas narra, desesperadamente, o que está presenciando. 

— Será que deu tempo das pessoas saírem? Meu Deus do céu! Misericórdia, senhor! O que será isso? — disse a internauta.

Em outra publicação, um homem, que também narra os acontecimentos, questiona sobre a origem do incêndio.

— Jesus! Tomara que todos estejam bem. Se essas chamas virem de um incêndio criminoso, quem fez isso tem que ir pra cadeia! — desabafa.

 

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