Hospital São João de Deus alerta sobre ações de estelionatários

Da Redação

Acompanhar um familiar internado cria naturalmente um clima de ansiedade, que fica ainda pior quando o telefone toca e do outro lado uma pessoa se identifica como médico do hospital, trazendo notícias nada esperançosas. É usando esse método que presidiários vêm extorquindo altas quantias de dinheiro de famílias de pacientes internados. Foi acompanhando os diversos casos que aconteceram ao longo dos últimos meses em hospitais de todo país que o HSJD pensou nessa campanha, criada para alertar funcionários, pacientes e seus acompanhantes para que fiquem alertas quanto a esse perigo.

Com essa campanha o HSJD também vem reafirmar para todos os familiares de pacientes que não faz nenhum tipo de cobrança antecipada por telefone para a realização de procedimentos. A campanha ainda orienta que caso os familiares recebam uma ligação informando ser do hospital, os mesmos devem entrar em contato com a ouvidoria da instituição pelo telefone (37) 3229-7562 para relatar o fato.

De acordo com a gerente assistencial do HSJD, Karina Almeida, os profissionais da instituição são orientados a não repassar nenhuma informação por telefone, para a preservação dos dados cadastrais do paciente e evitar qualquer risco de golpes.

— O Hospital São João de Deus não pede dinheiro ou materiais por telefone, para nenhum paciente ou familiar para a realização de procedimentos, seja ele do Sistema Único de Saúde [SUS], convênio ou particular. Em caso de dúvidas, o indicado é que entrem em contato direto com o hospital — alerta. 

Karina explica ainda que para a segurança do paciente, qualquer visitante e acompanhante precisa se identificar para ter acesso ao hospital. Caso a família queira restringir visitas, basta deixar o nome da pessoa com a equipe da recepção. 

A ação 

O golpe consiste em duas fases: na primeira, o estelionatário liga para um determinado setor do hospital dizendo ser médico regulador ou liderança de convênios com o objetivo de conseguir dos profissionais informações de um determinado paciente. A partir disso os estelionatários conseguem outros dados, como, por exemplo, os contatos da família.

Em seguida os golpistas ligam para os familiares, alegando um suposto agravamento no quadro clínico do paciente, e anunciam a necessidade de um procedimento de urgência. Além disso, os falsos médicos ainda alegam que tal intervenção precisa ser paga de forma particular, pois o plano de saúde ou Sistema Único de Saúde não dá assistência ao procedimento.

Diante da suposta urgência, a quadrilha solicita aos parentes que realizem depósitos em contas bancárias para que viabilize a realização do exame ou procedimento médico informado. Na ocasião da ligação, uma conta bancária é fornecida pelos criminosos para depósito por parte das vítimas. 

Orientação 

Mais que alertar aos profissionais, o HSJD se preocupa em orientar também toda a população sobre a tentativa de golpe, uma vez que sem informações de pacientes nas instituições de saúde, os estelionatários podem utilizar de outros meios fora dos hospitais para obter dados e proceder com o golpe e assim continuar prejudicando dezenas de famílias. Nesse sentido, é importante que a população também se atente às orientações, para que juntos possamos evitar casos como esses no futuro.

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