Hospital Regional é tema de reunião

Comissão de Saúde e Cis-Urg debateram ainda outros temas

Rafael Camargos

A Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Ciência da Câmara de Divinópolis, composta pelos vereadores Renato Ferreira (PSDB), Ademir Silva (PSD), César Tarzan (PP) e Zé Luiz da Farmácia (PMN) se reuniu com a diretoria do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para avaliar os atendimentos da unidade nestes primeiros três meses de funcionamento. Os dados foram apresentados pelo secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg), José Márcio Zanardi, e pelo gerente de Logística, Dárcio Abud Lemos.

Na reunião foram mostradas estatísticas de atendimentos no período de 6 de junho a 4 de agosto, onde o serviço atendeu a 56 mil ligações no 192. Destas 25% foram trotes, problema comum aos serviços de atendimento públicos, como as polícias e o Corpo de Bombeiros.

O Hospital Público Regional também foi pauta de debate. Pelas avaliações, o problema em Divinópolis são os casos de média complexidade, que não têm sido atendidos de forma ideal.

Meta

O ideal, segundo o secretário executivo José Márcio Zanardi, é ter excelência nos atendimentos. Porém, os trotes geram empecilho.

— Já conseguimos um feito de realizar sete mil atendimentos via telefone com a nossa equipe orientando as pessoas a resolver os problemas sem precisar ir a uma unidade de saúde — informou José Márcio.

Dados

As equipes do Samu fizeram 16 mil atendimentos nestes três meses e 10% deles foram resolvidos dentro da própria ambulância. Nove pessoas, em média, foram levadas por dia à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

José Márcio revelou que até ontem o Hospital São João de Deus (HSJD) havia recebido 479 pacientes do Samu. Ele acredita que o Hospital Regional contribuiria para desafogar a UPA.

— Precisamos da abertura do Hospital Público Regional para efetuar os atendimentos que não temos, como cirurgias vasculares, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral, UTI Neonatal e ortopedia. O funcionamento do Hospital Regional é essencial para desafogar os hospitais da cidade — frisou.

Má utilização

O presidente da Comissão de Saúde, Renato Ferreira, questionou ao Samu como funciona a utilização da Sala Vermelha, uma vez que eles têm recebido denúncias na Câmara sobre uma má utilização do local.

— Nós recebemos denúncias de que a Sala Vermelha não estaria cumprindo o seu papel de estabilizar o paciente e encaminhá-lo à internação e que estaria sendo feita de UTI. Por isso gostaríamos de averiguar com vocês se está mesmo ocorrendo este tipo de situação — disse Renato.

Segundo José Márcio, não há nenhuma informação de que esteja acontecendo este tipo de situação na Sala Vermelha. Ele esclarece que o local é um espaço que pertence ao HSJD e que lá constam quatro leitos reservados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e dois leitos particulares. Porém, devido ao SUS estar disponível para todos, há quem possa interpretar erroneamente que esteja havendo a má utilização do espaço.

— Nós ainda não tivemos nenhum problema com relação à ausência de leitos por este motivo. Sabemos que o local é utilizado para dar encaminhamentos aos pacientes ou para que sejam feitos rápidos procedimentos médicos — diz José Márcio.

Hospital Regional

Os debatedores concluíram que a unidade é necessária uma vez que sua função dela seria a de atender aos casos de média complexidade. Assim, dizem, seria possível regular o sistema de saúde.

Dárcio Abud sugeriu que a Comissão de Saúde pense em médio prazo e corra atrás dos governantes sobre a conclusão do Hospital Regional junto aos deputados federais Jaime Martins (PSD) e Domingos Sávio (PSDB), além dos deputados estaduais Fabiano Tolentino (PPS) e Fábio Avelar (PT do B).

O presidente da Comissão de Saúde sugeriu que fosse feita uma convocação dos prefeitos dos 54 municípios que serão atendidos pelo hospital para que fosse feito um mutirão em prol da finalização do hospital para colocá-lo em funcionamento.

Comentários