Hospitais de Divinópolis vão receber quase R$ 900 mil em recursos para enfrentamento ao coronavírus

Da Redação 

Apesar de negar os leitos do Hospital Regional Divino Espírito Santo para o enfrentamento do coronavírus (Covid-19), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), informou que enviará grande aporte financeiro para auxiliar aos municípios e hospitais. O recurso estadual possibilitará aumentar o custeio do Programa de Fortalecimento dos Hospitais do Estado (Pro-Hosp) para 100% do valor mensal para os hospitais âncoras no atendimento das vítimas do Covid-19, beneficiando 141 instituições, no valor de R$ 71 milhões que já está sendo processado.

Além disso, também haverá um aporte financeiro de R$ 61 milhões para auxiliar no financiamento dessas demandas. Por fim, haverá um aporte para a atenção primária de R$ 32 milhões com o objetivo de auxiliar os municípios na prestação de serviços no âmbito da atenção primária.

Recurso Federal

A SES destinará, por meio de recurso Federal, mais de R$ 42 milhões para 221 hospitais de Média e Alta Complexidade do Estado. Este recurso será destinado às ações de Saúde para o enfrentamento do coronavírus. Para liberação do recurso foi observado o Plano de Contingência.

Na Macrorregião Oeste, serão aportados 2,5 milhões deste montante. 13 municípios da região e 14 hospitais receberão recurso para o enfrentamento ao Covid-19.

Com o recurso, o Estado terá possibilidade de ampliar 1933 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), somando aos 2013 já existentes. Os estabelecimentos hospitalares cadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) que possuem leitos de UTI Adulto e ou aqueles que informaram potencial para abertura de novos leitos para atendimento exclusivo dos pacientes do Covid-19 foram estabelecimentos aptos a receber o recurso.

Divinópolis

Em Divinópolis, o Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) receberá R$ 843.436,80 – com 30 leitos de UTI e 27 potenciais – e o Santa Lúcia, R$ 34.698,24 – com quatro leitos. 

A lista com os valores destinados a cada hospital no estado está disponível neste link.

Aposta do hospital regional

O prefeito Galileu Machado (MDB), junto de chefes do Executivo da região, tentavam a liberação de alas no hospital, mesmo sem as obras serem concluídas. No entanto, o secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, negou o pedido em coletiva.

Na terça-feira, 24, em reunião, junto aos chefes do Executivo de Carmo da Cajuru e Cláudio, Machado revelou que iria enviar uma carta para o Governo do Estado, reivindicando a disponibilização de 140 leitos para o enfrentamento do coronavírus.

Além do prefeito divinopolitano, a carta conta com a assinatura de 13 chefes do Executivo da região. Apesar da negativa, a Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Itapecerica (Amvi), chegou a enviar para Romeu Zema (Novo) um novo pedido.

A medida, segundo os prefeitos, é uma precaução, caso a situação se agrave ainda mais.

Em coletiva, a Secretaria de Estado de Saúde informou que o cenário não é viável, por enquanto, para o governo estadual.

— Nós estamos fazendo avaliação de possível abertura de leito dentro do estado, baseado em vários cenários que possam acontecer desta epidemia. No caso específico destes hospitais [regionais], nós temos eles com obras paradas, a maioria está com menos de 60% da construção concluída e, neste momento, nos parece muito precoce pensarmos em retomar essas obras para transformá-los em hospitais de campanha — avisou o secretário Carlos Eduardo Amaral.

Ele ainda revelou que o Estado está avaliando, caso haja necessidade de abertura de leitos, a possibilidade de utilização de estruturas que já estão prontas.

— Nós temos um prazo curto e, para concluir obras grandes como estas, com certeza não é o caminho neste momento. Precisamos de leitos que entrem em operação de forma mais rápida — justificou.

 

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