Hortigranjeiros ficam 10,6% mais baratos
Destaque para a batata, que desde abril acumula quedas
Jorge Guimarães
Os hortigranjeiros apresentaram queda de 10,6% no preço médio entre maio e junho no atacado do entreposto de Contagem da Central de Abastecimentos de Minas Gerais (CeasaMinas). A redução foi influenciada principalmente pelos grupos das hortaliças, legumes e verduras, que tiveram redução de 13,9% no preço e das frutas, com oscilação de -7,4%. As boas condições climáticas estão entre os fatores que contribuíram para deixar os produtos mais baratos.
Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, o clima marcado por temperaturas um pouco mais altas durante o dia e mais amenas à noite favoreceu a produção em muitas regiões fornecedoras.
Hortaliças
No grupo das hortaliças, os produtos que mais influenciaram a queda no preço médio foram o tomate (-28,2%); beterraba (-25,4%); cenoura (-24,3%); batata (-21,8%); cebola (-19,4%) e mandioca (-14,2%).
Dentre esses, vale destacar a batata, que desde o último mês de abril vem apresentando quedas sucessivas, com cotações abaixo das expectativas dos produtores. Esse cenário, segundo Ricardo Martins, pode desestimular novos plantios, levando a uma possível alta de preços a médio e longo prazos.
O mercado também apresentou hortaliças com altas de preços, com destaque para a moranga (15,9%); repolho (12,5%); chuchu (8%); pimentão (5,6%) e milho verde (4,5%). Apesar da alta, o chuchu fechou mês negociado a R$ 0,54/kg no atacado.
Frutas
No grupo das frutas, o consumidor tem várias opções de produtos com preços mais acessíveis. Entre as mercadorias que apresentaram quedas, os destaques são a banana prata (-16,6%); laranja pera (-15,3%); banana nanica (-13,3%); tangerina ponkan (-7,4%); maçã brasileira (-5,7%) e mamão formosa (-3,4%).
O preço da laranja pera foi influenciado por vários fatores, entre eles a boa oferta concorrente da tangerina ponkan em safra, além da menor demanda da indústria, o que aumentou a disponibilidade do produto in natura.
Já na lista das frutas que ficaram mais caras, o mamão havaí se destacou, com alta de 60,2%, seguido por limão tahiti (44,4%); abacate (25,8%); melão (11,3%) e melancia (1,4%).
Ovos
Na trajetória inversa dos demais grupos de produtos, os ovos apresentaram alta de 6,6% no preço. As principais causas foram o aumento da procura, já esperada com a chegada do frio, e a queda de 13,7% no volume ofertado.
Reação
Em Divinópolis, onde a maioria dos empresários do setor faz compras na CeasaMinas, os preços estão caindo desde o início do ano. Mas, agora com essa continuidade atemporal de redução de preços, os consumidores terão algum tempo ainda para economizar.
Isso porque a previsão é de que até o final do ano os preços estarão estáveis em sua grande maioria. O momento então é de se aproveitar a baixa dos preços, principalmente das frutas e se hidratar bem com os mais variados tipos de sucos naturais, que são usados como preventivos, por muitos, contra as doenças do inverno.
Preços
Ontem, em uma loja de rede de supermercados, a cenoura vermelha, laranja pêra rio, o chuchu ou abóbora híbrida eram comercializados a R$ 1,29, já a mandioca, batata doce, beterraba ou repolho verde inteiro estavam cotados a R$ 1,79.
A banana prata, maçã nacional ou mamão formosa saíam por R$ 1,99. O kiwi, banana maça ou dúzia de ovos, eram vendidos a R$ 3,96. A batata está a R$ 1,49 e o alho, que antes beirava a casa dos R$ 20, está saindo a R$ 1,69 cada 100 gramas.
— A tendência são os preços continuarem estáveis até o fim da época das chuvas. Depois começam muitas entressafras, como a do tomate e a tendência de alguns itens é de aumento. Mas para o momento é a permanência de baixa entre os hortifrutis — detalha o gerente Sérgio Antonio.
Com o frio registrado nos últimos dias, o jeito é se resguardar das gripes, resfriados e outras doenças típicas da época.
— Lá em casa, refrigerante já não entra faz tempo. Neste tempo frio, estamos tomando muito suco e com bastante variações, como o de laranja com cenoura e suco de melancia. Quem resiste a um delicioso copo de suco de frutas — afirma a professora Alice Alves.
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