Hortaliças ficam mais caras em janeiro

 

Jorge Guimarães 

O consumidor divinopolitano que foi aos sacolões e supermercados ontem, observou duas situações diferentes em relação aos preços de hortifruti e verduras. Houve aumento, mas também redução. Os valores variaram muito neste mês, principalmente, na segunda quinzena, em reação aos mesmos períodos do mês passado. Alguns fatores foram responsáveis pelas alterações.

Super safra

O ano passado foi ótimo para os consumidores, quando o assunto são os preços de hortifrutis, que ficaram estáveis durante o ano, devido à Super safra colhida. Porém, mal começou janeiro, os preços de algumas hortaliças tiveram aumentos devido a várias condições, principalmente o clima. Mas o consumidor deve ficar atento, pois o valor, nesta primeira quinzena de fevereiro, de alguns itens como o tomate, já cedeu em relação a janeiro. Assim, na opinião de especialistas e consumidores, a pesquisa é de primordial importância na hora de fazer a compra.

Hortaliças

O grupo das hortaliças, que inclui legumes e verduras, ficou 22,8% mais caro no último mês, quando comparado a dezembro de 2017, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. No sentido inverso, as frutas apresentaram queda de 7% no preço médio, e os ovos, redução de 12,6%. Com isso, o valor médio do grupo de hortigranjeiros fechou o mês passado em R$ 1,87/kg, 3,9% maior que em dezembro.

Chuvas e temperaturas

Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a alta de preço das hortaliças foi influenciada principalmente pela combinação de chuvas e altas temperaturas, o que afetou a produção de vários alimentos. As hortaliças que mais contribuíram para o aumento do preço médio do grupo foram o tomate 90,6%; berinjela 47%; pepino 42,3%; cenoura 38%; entre outros.

Mesmo com essas altas, o mercado registrou também queda de preços em algumas hortaliças, a exemplo do quiabo - 24,3%; milho verde - 21,6%; abobrinha italiana -9% e pimentão -3%.

Tomate

No caso do tomate, além do clima adverso, o percentual mais alto também foi influenciado pela base de comparação de dezembro, quando o produto estava com preços baixos. Naquele mês, o quilo no atacado era em média de R$ 1,17 e passou a R$ 2,23 em janeiro. Mas o consumidor deve ficar atento, pois o valor, nesta primeira quinzena, já cedeu em relação a janeiro.

Frutas

A queda de preço das frutas pode ser explicada pelo aumento de 1,7% na oferta, mas também por serem produtos menos sensíveis às mesmas condições climáticas que prejudicaram as hortaliças. Outra característica deste mercado é a diversidade da procedência.

— Mesmo que um estado tenha problemas climáticos, o mercado acaba recebendo frutas vindas de outras regiões, o que reduz o impacto sobre a oferta e os preços — explica Ricardo Martins.

Ovos

Já no caso dos ovos, vale lembrar que a redução de 12,6% no preço tende a ser revertida com a chegada da Quaresma, que é tradicionalmente o período do ano de maior demanda pelo produto.

Preços

Em uma rede de lojas de supermercados, ontem, a cebola branca, cenoura vermelha ou repolho verde inteiro eram comercializadas a R$ 1,59. Já o mamão formosa, melão amarelo inteiro ou abobora hibrida saia por R$ 1,79. A batata era vendida a R$ 0,99 e o tomate a R$ 2,59. A laranja estava a R$ 1,79, a melancia R$ 1,29 e a unidade do abacaxi era comercializada a R$ 1,29.

Oportunidade para quem gosta de abusar do suco natural.

- Lá em casa, refrigerante não entra faz tempo. Neste calor, estamos tomando muito suco e com bastante variações, como o de laranja com cenoura, melancia e outros —  conta a professora Alice Alve

Sacolão

Já em um sacolão, o tradicional “sacolão” do dia a dia, o preço é de R$ 1,99. Mas, fim de semana, costuma cair para R$ 1,69, a partir das 12h.  

— Pretendo pesquisar em mais lugares para ver se consigo um bom preço — disse a dona de casa Adriana Caldas.

 

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