Guarani sem patrocínio
Batendo Bola
José Carlos de Oliveira
Por esta triste notícia, a direção do Guarani não contava. Faltando poucos dias para a estreia no Campeonato Mineiro, em seu Módulo II, dia 17 contra o Ipatinga, no Vale do Aço, o clube foi comunicado que não contará com patrocinador máster para a disputa do estadual. Notícia para jogar por terra todo o planejamento feito para a temporada.
É sempre assim
Não é preciso nem entrar nos méritos de quem decide ou não renovar um contrato de patrocínio. Cada um sabe bem quais são suas prioridades e onde o calo mais aperta neste início de ano, quando os impostos corroem todo o orçamento.
Mas, para o Guarani, a notícia foi das piores e comprova uma tendência dos empresários da cidade e região. Mesmo sendo torcedores do clube e gostando de futebol, a maioria deles prefere ficar à margem de tudo que acontece no clube de Porto Velho.
É sempre a mesma “estorinha”: todos cobram desempenho e resultados do time, mas contribuir que é bom ninguém quer. Fazer o quê? Assim é o mundo do futebol na cidade e região.
E os políticos?
Mas pior que não contar com a ajuda dos empresários da cidade, é saber que o Poder Executivo e os políticos da cidade não estão nem aí para o que acontece e venha a acontecer pelas bandas do Farião.
Tudo bem quando falam que há outras prioridades, que saúde e educação devem vir em primeiro lugar. É até certo que assim seja. Mas onde fica o Guarani nesta história?
É Divinópolis...
Ninguém pode nem deve se esquecer que o Guarani é Divinópolis no futebol mineiro. Sem ele, nada somos e nem seremos em termo de futebol. Ou alguém pode questionar esta verdade?
E tem mais
O retorno que o Guarani dá à cidade é bem maior do que recebe dela. Quando se fala no clube de Porto Velho, na TV e nos demais meios de comunicação pelo Brasil e pelo mundo afora, fala-se no Guarani de Divinópolis e isso por si só já faz por merecer o devido reconhecimento por parte do poder público. Mas não é esta a realidade.
Até alvará
Agora mesmo, o Guarani teria de tirar o alvará para bancar os jogos que o time fará no estádio Waldemar Teixeira de Faria, no bairro Porto Velho, como mandante. E o boleto a pagar beira os R$ 5 mil. E a conta já veio, antes mesmo de a bola rolar. Nem mesmo isso a Prefeitura pode fazer pelo Guarani?
Para outras coisas menos importantes, a Prefeitura de Divinópolis dá todas as regalias e o apoio. Para o Bugre, uma “banana”.
MANGUEIRAS BRASIL
Agora é com a torcida
Sem patrocínio máster, a situação para os lados da diretoria do Guarani ficará ainda pior se a torcida não fizer a sua parte. O futuro do Bugre está agora nas mãos e nos corações daqueles que realmente amam o clube e o querem ver brilhando nos campos das Minas Gerais. Somente com o apoio das arquibancadas o Guarani seguirá firme e forte em condições de brigar pela volta à elite do futebol mineiro. Sem ele, nada feito.
Desafio dos 300
Para arcar com os custos da disputa do Campeonato Mineiro e ter condições de montar uma equipe forte, a diretoria está desafiando o seu torcedor, para que este dê o exemplo e empurre o clube para cima. O “Desafio dos 300” está lançado.
O clube abriu inscrições para sócio-torcedores alvirrubros, e espera que, com as adesões de novos sócios, possa seguir em frente em sua luta para voltar à elite do futebol mineiro.
Agora é a hora e a vez de a torcida mostrar a sua real força!