Grupo dos hortigranjeiros fica mais caro em julho

Oferta de alguns produtos em razão de problemas climáticos ligados ao frio é uma das causas

Jorge Guimarães

Os hortigranjeiros apresentaram alta de 8,9% no preço médio de julho em relação a junho no atacado do entreposto de Contagem da Central de Abastecimento (Ceasa) de Minas Gerais. O aumento foi puxado principalmente pelo grupo das hortaliças, legumes e verduras, que ficaram 16,8% mais caras no mês. Dentre as causas está a queda na oferta de alguns produtos em razão de problemas climáticos ligados ao frio. Por outro lado, o comparativo mensal também revela várias opções com quedas de preços.

Hortaliças

No grupo das hortaliças, os produtos que mais contribuíram para alta no preço médio foram o pepino (81%), quiabo (79,8%), berinjela (57,4%), tomate (52%), cenoura (27,2%), mandioca (24,7%), cebola (20,7%) e abobrinha italiana (19,2%).  

Apesar dos aumentos, vale lembrar que várias dessas hortaliças apresentavam preços muito baixos em junho, base do comparativo, de acordo com o chefe da seção de informações de mercado da Ceasa, Ricardo Fernandes Martins. 

É o caso, por exemplo, do tomate, cujo preço no atacado passou de R$ 1,25 o quilo (kg) em junho para R$ 1,90/kg em julho.

Queda

Entre as hortaliças com quedas de preços, os destaques foram a batata (-33,7%), alface (-25,3%), repolho (-6,2%) e inhame (-0,8%). Além desses produtos, o consumidor deve ficar atento ainda à boa situação do chuchu, da abóbora moranga e da beterraba.

Frutas

A redução do volume ofertado, associada à aproximação ou entrada no período de entressafra, levou à elevação de 2,9% do preço médio do grupo de frutas. Os produtos que mais contribuíram para a alta foram a melancia (33,3%), mamão formoso (24,4%), limão tahiti (23,1%), banana nanica (18,4%), abacate (14,7%) e goiaba (13,7%). 

Entre as frutas com quedas de preços estão o mamão havaí (-20,4%), banana prata (-19,9%), morango (-16,9%), laranja-pera (-4,8%), uva niágara (-4,2%) e abacaxi (-4,1%).

Ovos

Já os ovos ficaram 9,4% mais baratos em julho. Segundo Ricardo Fernandes, o mês é marcado pelas férias escolares. Isso contribuiu para prejudicar a demanda, mesmo em um período de baixas temperaturas, quando o consumo tradicionalmente é maior.

Oscilações

Em meio às altas e baixas dos preços, o melhor ainda para o consumidor é a pesquisa de preços. Em uma loja de rede de supermercado na cidade, os preços de alguns itens estavam em baixa. A batata e laranja pêra eram vendidas a R$ 0,85/kg, cada.  

— Nosso mix de produtos para colocar em promoções é muito variado, o que nos permite uma rotatividade em termos de preços — avalia o gerente Sérgio Antônio. 

Mas a pesquisa sempre será uma arma do consumidor, pois ele é quem sabe o quanto vale uma economia no fim do mês. 

— Antes de vir ao supermercado eu dou uma passada nos varejões e mercadinhos do meu bairro. Com um a lista em mãos, registro o preço dos itens dos quais preciso. Só então compro— diz a dona de casa Irani Silva. 

 

 

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