Greves na Saúde e Educação devem movimentar a quarta-feira

Ana Laura Corrêa

Servidores estaduais da Saúde e da Educação em Divinópolis têm paralisação marcada para hoje.

De acordo com a integrante da diretoria de políticas sociais do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindiute), Maria Catarina Laborê, não é possível estimar quantas escolas irão aderir à paralisação em Divinópolis.

— O sindicato chamou todas elas que têm até a manhã de hoje para nos enviar o parecer se irão participar o movimento. Grande parte da Superintendência Regional de Ensino de Divinópolis paralisará as atividades — afirmou.

Na Escola Estadual Lauro Epifânio, por exemplo, que fica no bairro Interlagos, a decisão de aderir ou não ao movimento será de cada funcionário.

— Se o servidor entender que é necessário atender ao chamado do sindicato, ele paralisa as atividades — explicou o técnico administrativo da escola, João Henrique Mendes.

Reivindicações

Segundo Maria Catarina, a paralisação e a possibilidade de greve acontecem devido ao descumprimento de acordos por parte do Governo de Minas Gerais.

— Nós estamos fazendo a greve pelo cumprimento dos acordos feitos conosco em 2015 pelo governador Fernando Pimentel (PT). Ele está nos devendo o piso de 2017, que teve um reajuste em torno de 7,7%, e, neste ano, nós tivemos um reajuste pelo Ministério da Educação (MEC) de 6,7%, que não foi repassado. Há ainda a nossa indignação com o parcelamento do 13° salário. Também estamos tendo problemas sérios com o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), devido à falta de pagamento dos prestadores, que começou a ser feito, mas parcelado — disse Maria Catarina.

Uma Van com 25 servidores da educação sairá de Divinópolis para participar de uma assembleia da categoria em Belo Horizonte, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

— Há também caravanas saindo de toda a região Centro-Oeste, de cidades como Itapecerica, Nova Serrana e Pará de Minas. A assembleia estadual tem legitimidade para dar, ou não, continuação à greve. Por volta das 17h teremos o resultado. Até lá, por enquanto, no dia 1º de março haverá aula normal — ressaltou Maria Catarina.

Saúde

De acordo com os servidores da Secretaria de Estado de Saúde, a paralisação dos servidores efetivos solicita o tratamento igualitário em relação aos servidores de outros órgãos. A greve também se dá, segundo eles, devido ao não cumprimento de promessas de campanha feitas pelo governador Fernando Pimentel (PT).

—Os três principais eixos são: ajuda de custo em valor diário que não seja inferior a R$ 105, como os servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente recentemente conseguiram, o cumprimento da promessa das 30 horas de campanha, nem que seja parcelada ao longo dos próximos anos e também o reajuste inflacionário de todo período, desde 2015 até 2018, pois é um direito constitucional —informaram por meio de nota os servidores da SES.

Em Divinópolis, uma manifestação dos servidores da Superintendência Regional de Saúde (SRS) está marcada para as 10h em frente à SRS, no bairro Santa Clara. Já em Belo Horizonte, servidores de todo o estado foram convocados para um protesto das 10h às 15h na Gerência Regional de Saúde, na Cidade Administrativa.   

Segundo o especialista em políticas e gestão de saúde da SRS, Alan Rodrigo da Silva, aproximadamente 40 servidores dos cargos de técnico de gestão de saúde, especialista em políticas e gestão de saúde e os auxiliares de apoio à gestão e atenção à saúde irão participar da paralisação em Divinópolis.

— Entre esses cargos estão, por exemplo, a vigilância sanitária e a vigilância epidemiológica. Nós manteremos os 30% de servidores em exercício exigidos pela lei, mas atividades como a liberação de receituário pela vigilância sanitária, atendimento na farmácia, questões relacionadas a vacinas e atendimento ao público serão prejudicadas — explicou.

 

 

 

 

 

                                                        

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