Greve dos caminhoneiros abalou faturamento da indústria regional

Pablo Santos

A indústria regional continua patinando em 2018. Números mais recentes da pesquisa mensal da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) confirmam um cenário conturbado para o parque fabril da região e também do estado. A situação se agravou em maio com a greve dos caminhoneiros.

O faturamento da indústria regional levou um tombo de 8,2% em maio no comparativo com abril, quando as vendas para o setor começam a aquecer. A greve dos caminhoneiros teve um papel fundamental nos resultados negativos.

— A paralisação dos serviços de transportes rodoviários de cargas, ocorrida nas últimas semanas de maio, impactou a atividade da indústria de Minas Gerais. Diversas empresas interromperam sua produção por falta de insumos, e a logística para a distribuição das mercadorias também foi prejudicada. O faturamento real, que habitualmente cresce em maio, recuou fortemente em relação a abril, na série com ajuste sazonal — destacou o relatório mensal da Fiemg.

No estado, o faturamento de maio registrou queda de 15,3% no confronto com abril. 

Positivo 

Pelo menos outros três indicadores apresentaram saldo positivo em maio na indústria regional. As horas trabalhadas na produção cresceram pela terceira vez consecutiva. De acordo com a Fiemg, houve um avanço de 3,3% em maio no comparativo com abril.

O emprego também apresentou números positivos. O indicativo registrou uma leva alta de 0,2%, após dois meses de estabilidade.

Por sua vez, a massa salarial real avançou 3,6% na região, após queda de 2,5% em abril.

Acumulado

Apesar de alguns números positivos em maio, no geral, a indústria do Centro-Oeste apresenta números negativos nos primeiros cinco meses de 2018.

— De janeiro a maio, todos os indicadores da região recuaram, o que não ocorreu no mesmo período de 2017, quando apenas a massa salarial real apresentou queda — destacou o relatório da Fiemg.

No ano, o faturamento está com queda de 4,8% e as horas trabalhadas com recuo um pouco menor: 0,9%.

O emprego assinalou ligeira queda de 0,6% e a massa salarial teve uma retração maior: 3,1%.

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