Grana nem sempre é tudo

Batendo Bola

 

José Carlos de Oliveira

 

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Grana nem sempre é tudo

 

Faltando apenas uma rodada para o encerramento da fase de classificação do Campeonato Mineiro, em seu Módulo I, já são conhecidos os dois times que serão rebaixados para o Módulo II no ano que vem, e a máxima de que dinheiro pode tudo pelo menos no estadual deste ano foi deixada num segundo plano.

As duas equipes que foram rebaixadas – Coimbra e Boa Esporte – são justamente aquelas que contam com aporte financeiro de empresários para montarem seus elencos e que, juntamente com o Tombense, são os times do interior com mais bala na agulha para contratar os melhores jogadores.

Mas no campeonato deste ano os empresários terão que contabilizar apenas os prejuízos. Com os dois clubes já rebaixados para o Módulo II no Mineiro do ano que vem, não terão como reaver a grana que colocaram nas equipes (pelo menos agora não) – se é que não decidem abandonar o barco de vez, deixando os times a verem navios, se virarem por si mesmos (ou até encerrar suas atividades), o que ninguém pode duvidar, pois, quando se trata de defender seu dinheiro, a decisão é pessoal e cada um sabe bem onde mais aperta o calo. 

 

Temporada promete

 

Já sabendo que Coimbra e Boa Esporte estarão no Módulo II no ano que vem, é bom que as equipes que disputarão a edição do torneio deste ano – que ainda não tem sua tabela divulgada pelas Federação, mas que tem seu início previsto para o mês de julho – tratem de colocar as barbas de molho, porque, se não subirem neste ano, já sabem que em 2022 as dificuldades serão ainda maiores. 

Se os empresários permanecerem à frente de Coimbra e Boa Esporte, investirão pesado para conseguir o acesso, pois nem em sonhos aceitarão ficar duas temporadas seguidas bancando com os prejuízos do Módulo II.

 

Guarani

 

E neste contexto é bom que o Guarani coloque mesmo as barbas de molho e trate de subir ainda neste ano, pois, do contrário, corre riscos (e riscos reais) de permanecer no Módulo II por um bom tempo.

E isso nem é ser pessimista. É apenas a realidade, e o futuro tratará de comprovar esta verdade.

 

Não fez mais que a obrigação

 

Faltando ainda uma rodada para o término da fase de classificação do Campeonato Mineiro, em seu Módulo I, o Atlético já garantiu por antecipação a primeira colocação geral e vantagens nas fases decisivas do torneio – mas que isso não seja motivo para comemoração para jogadores e comissão técnica alvinegra, pois a verdade é que eles não fizeram mais do que sua obrigação, pelo tamanho do investimento que foi feito pelos “mecenas” para a montagem deste grupo de jogadores. Ficar na primeira colocação e levantar a taça de campeão é o mínimo que podem fazer para retribuir toda a grana “jogada” no Galo.

 

Sem festa

 

E é bom mesmo que não façam festa, porque a partir de agora é que começarão a ser testados (e cobrados) para valer, com o início da fase de grupos da Copa Libertadores e a disputa do Campeonato Brasileiro, que já bate à porta.

 

Libertadores

 

Para a Libertadores as dificuldades não serão das maiores, e o time alvinegro é, sim, favoritaço a uma das duas vagas do grupo H, no qual terá pela frente o América de Cali (Colômbia), o Cerro Porteño (Paraguai) e o desconhecido La Guaira, da Venezuela. Com o elenco e o time que tem, o Galo deve avançar com uma mão nas costas e um pé só.

 

Brasileiro

 

Agora, para o Brasileirão da Série A – sonho de consumo da Massa Alvinegra e também dos investidores –, já são outros quinhentos. São muitos os candidatos, mas, jogando o que pode e sabe, o Galo brigará, sim, na cabeça.



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