Governo já identificou facções criminosas que queimaram ônibus, afirma Pimentel

 

Gisele Souto

 Segundo o governador, o Estado paga o preço de ter o sistema penitenciário mais rigoroso do país. Em reunião ontem à tarde com os chefes das forças de segurança para discutir as ações que estão sendo tomadas para coibir ataques a ônibus em Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel (PT) afirmou que o governo já identificou as facções criminosas. Ontem fez três dias de ataque.

De acordo com o governador, as polícias Civil, Militar e Federal já identificaram que os atos foram realizados por facções criminosas e que o Estado paga o preço por ter um dos sistemas penitenciários mais rigorosos do país.

— Aqui nós não afrouxamos o sistema carcerário para nenhuma organização criminosa. É por isso, que nós estamos pagando esse preço, sofrendo ameaças e sendo atacados. A política carcerária em Minas é uma política que cumpre rigorosamente a lei. Estamos tomando todas as providências para coibir esse tipo de crime — afirmou o governador.

No Estado foram registradas 50 queimas de ônibus em 26 municípios.

 Sigilo 

Fernando Pimentel ressaltou que as investigações correm em sigilo e uma força-tarefa já está atuando junto ao setor de inteligência das corporações. Uma das estratégias, segundo ele, é camuflar agentes à paisana em ônibus. A Polícia Militar também já reforçou o policiamento nas ruas nas regiões em que ocorreram os ataques.

— Fora isso, peço à população que fique atenta, acione a PM pelo 190 a qualquer indício ou ato suspeito. Estamos atuando com todo o efetivo, tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil e com o apoio da Polícia Federal. Trabalharemos para que possamos evitar que Minas Gerais sofra mais este tipo de sobressalto — finalizou.

 Identificação 

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, explicou sobre o trabalho realizado pela corporação para identificar os criminosos.

— Estamos trabalhando para a construção de uma inteligência eficiente, com a coleta de dados de todas as pessoas presas para que a gente consiga chegar à célula dessas organizações criminosas —destacou.

Região 

Os comandos das polícias da região e de Divinópolis informaram à reportagem que por enquanto não há nenhum registro de ocorrência no Centro-Oeste.

 

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