Gleidson apresenta secretários de seu governo

Prefeito eleito afirma que se escolhidos não trouxerem resultados serão trocados

 

Da Redação

Está formado o novo governo. O prefeito eleito, Gleidson Azevedo, e sua vice, Janete Aparecida, ambos do PSC, anunciaram na noite de terça-feira, 22, nas redes sociais, quem são os 15 secretários a compor a gestão. Na oportunidade, o próximo chefe do Executivo enalteceu a composição, em sua maioria, por servidores e destacou a competência dos escolhidos. Ainda segundo ele, qualquer um deles está suscetível a deixar o cargo caso não cumpra as metas estabelecidas. À população, apenas um recado: calma.

Shoppings

Antes de iniciar a apresentação, Gleidson voltou a reforçar que não foi o responsável pela reabertura do Pátio Shopping Divinópolis.

— Eu não sou prefeito ainda, não. (...) Eu só fui lá porque eles me convidaram para ir e, simplesmente, na hora que a Vigilância Sanitária liberou, eu pedi que a população fosse consciente para usar o shopping. Foi só isso que aconteceu — afirmou o prefeito.

Já Janete se viu na “obrigação de ouvir os anseios da população” e também foi ao local.

— Eu fui eleita em 2016 para ser vereadora em Divinópolis e meu mandato termina dia 31. Até lá, seja no shopping, seja no supermercado, na UPA, na praça, eu estou servindo enquanto vereadora — justificou.

Ela ainda destacou a importância do funcionamento das lojas.

— Hoje nós sabemos que vivemos uma situação muito difícil. A covid está aí, é muito sério, precisamos respeitar o vírus, mas precisamos também aprender a conviver com ele. O empresário precisa pagar suas contas, as pessoas precisam do emprego. (...) Falar que a gente interferiu no trabalho sério dos fiscais da Vigilância Sanitária é colocar em dúvida o caráter de cada um deles — defendeu.

Cultura, Esporte e Juventude

O primeiro a ser apresentado foi Otávio Arantes, professor de história e artes. Ele assume a Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude com o objetivo de fortalecer as respectivas áreas. 

— Eu, dentro do conhecimento técnico, nada como dizer da arte e da história para poder contemplar o que a cultura nos diz — comentou.

Ele ainda pretende investir, por exemplo, na economia criativa e desenvolver os potenciais artísticos da cidade.

— Fazer dela a economia criativa que é necessária. E conto com todos vocês para fortalecer a identidade do divinopolitano, que é urgente a se fazer — destacou.

Ao apresentá-lo, Gleidson destacou que houve cobranças de músicos para que o escolhido fosse um representante da classe.

— Às vezes, tem um receio do pessoal ligado à cultura do Otávio não ser conhecido na área, por ele não ser músico… (...) O secretário de cultura não precisa saber tocar. Ele tem que entender de projetos — justificou.

Sobre a possibilidade de, assim como na escolha de outros secretários, ser realizado uma prova para definir o responsável pela pasta, ele explicou:

— Esse processo [seletivo] teve tanto desgaste que eu mesmo resolvi escolher ele. (...) O povo é tão chato, que até fazendo as coisas diferentes…

“O povo não, é uma meia dúzia de politiqueiros”, interrompeu Janete.

— É, os politiqueiros nojentos — concordou Gleidson.

Assistência social

A Secretaria de Assistência Social ficará sob o comando de Juliana Coelho, que há 12 anos trabalha na área. Apesar de nos últimos quatro anos ter atuado ao lado de Janete, ela destacou sua qualificação para o cargo e ressaltou que, assim como outros candidatos, participou do processo seletivo.

— Passei por todas as proteções sociais, tanto básicas quanto especiais. Conheço todos os nossos serviços hoje da rede. (...) Passei pelo processo seletivo, fiz a prova, a qual foi devolvida a nós para conferência, e estou  disposta e muito animada para somar nessa equipe — se apresentou Juliana.

Educação

Em seguida, a servidora de carreira Andreia Dimas detalhou seu currículo: professora universitária, psicopedagoga e mestrado na área de educação inclusiva.

— É um prazer assumir a secretaria. Na verdade, eu estou apenas mudando de lugar porque o meu papel continua sendo o mesmo: uma servidora de carreira que busca fazer o melhor — citou.

Administração

“Às vezes é um nome que foi polêmico, mas é ótimo de serviço.” Assim define o prefeito eleito sobre o novo secretário de Administração: Thiago Nunes. Servidor efetivo do Município há dez anos, engenheiro de produção e pós-graduando em administração pública, ele espera ser capaz de melhorar o setor.

— Nosso compromisso na Administração é promover uma valorização histórica aos servidores, fazendo com que a população sinta que os serviços públicos serão otimizados. A gente vai promover o máximo de desburocratização possível — falou Thiago sobre sua expectativa.

Ele ainda deseja acelerar os processos e reduzir o uso e os gastos com papel.

— A gente quer chegar no início de janeiro já transformando e promovendo uma revolução digital na Prefeitura para que possamos tramitar todos os processos de forma mais ágil e levar ao cidadão o conforto e a comodidade de poder solicitar os serviços e ter suas demandas solucionadas de forma imediata da própria residência.

Com as medidas, a intenção é “garantir que Divinópolis possa crescer e chegar no patamar que ela merece, que é a cidade principal da nossa região”.

Settrans

Na Secretaria de Trânsito, Transporte e Segurança Pública, Lucas Lopes Estevam, atual gerente de projetos da pasta, será o responsável por coordenar as ações da pasta. Para Gleidson, o órgão também passará por mudanças para mudar a atual imagem.

— Acho que é uma das pastas mais polêmicas de Divinópolis. É a que a população mais reclama, principalmente dos agentes, mas a gente já fez o compromisso de mudar essa história dentro de Divinópolis — comentou.

Ainda segundo o prefeito eleito, a nomeação do servidor quebra um ciclo de nomeação de militares. “Nada contra”, esclarece.

Em seguida, Lucas falou sobre sua qualificação. 

— Sou servidor há dez anos, formado em engenharia elétrica e pós-graduado em mobilidade urbana e trânsito e gestão pública. (...) Sou um dos 279 observadores certificados do Observatório Nacional de Segurança Viária, interligado à ONU no Brasil — explicou.

Como líder da pasta, sua busca será por um “trânsito humanizado”, com foco na educação e respeito mútuo entre agentes e moradores.

— Também é primordial a remodernização do transporte público de Divinópolis. Nós sabemos que estamos vivendo num momento caótico por causa da pandemia, mudança do itinerário, diminuição de ônibus, cobradores… Isso tudo tem que ser repensado numa nova forma de ver o transporte coletivo — defende Lucas.

Agronegócios e Serviços Urbanos

Apenas um secretário de Galileu Machado (MDB) permanecerá no cargo. Gustavo Mendes continuará à frente das responsabilidades ligadas ao Agronegócio, mas deixa a Cultura para assumir os Serviços Urbanos.

— Desde quando começamos a avaliar os candidatos, tinham dois do governo Galileu que eu queria manter [Gustavo e Amarildo], mas eu queria algo mais para ele (...) Eu tinha certeza do potencial do Gustavo — elogiou Gleidson.

Com a nomeação de Mendes, o futuro líder do Executivo espera mudar a imagem de cidade suja e de buracos. Servidor de carreira há dez anos, o graduado em direito e pós-graduado em direito tributário já traçou metas para o primeiro semestre.

— Quando eu fui convidado pelo Gleidson e pela Janete, eu fiz um compromisso com eles, de que nos seis meses eu entregaria a cidade como ela deveria estar: limpa, sem buracos, para que o munícipe possa se sentir mais abraçado — prometeu Gustavo.

— A gente vai revitalizar as praças, as entradas da cidade, os canteiros — acrescentou Gleidson, que cobrou a participação dos empresários neste processo.

— Vocês vão bancar. Se vocês querem uma Divinópolis melhor, para o comércio de vocês melhorar, vocês vão fazer junto com a Prefeitura essa mudança. Eu conto com vocês — destacou.

Desenvolvimento Econômico e Turismo

Foi um custo fazer esse homem aceitar”, define Azevedo. O último nome a ser definido para compor o governo e assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo foi o do atual presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Divinópolis, Luiz Angelo.

— Todas as secretarias são importantes para Divinópolis, mas eu acredito que essa pode fazer com que Divinópolis melhore mais ainda — afirmou Gleidson.

Responsável pelo setor, o economista, especialista em gestão e finanças, professor universitário e empreendedor deixa a CDL para incentivar a ampliação e chegada de novas empresas na cidade.

— A gente quer ter um ambiente de negócios aqui na nossa cidade em que o empreendedor, e eu falo como um, tenha tempo e se dedique a comprar, vender e melhorar o empreendimento e gerar empregos e não precise se preocupar com a Prefeitura. Esse é o objetivo — avalia Luiz Angelo.

Apesar das dificuldades, ele espera otimismo dos empresários.

— Foram 300 vagas perdidas em 2019. A gente projeta que vai fechar 2020 com quase 700. Então o caminho para percorrer de recuperação é muito grande. Você que é empreendedor, volte ao otimismo, vamos empreender e gerar empregos na nossa cidade. E, para quem é de outra cidade, venha para Divinópolis porque aqui vai ser um ambiente de negócios bem favorável — argumentou.

Usina de projetos/ Secretaria de Fiscalização de Obras e Planejamento

Antes concorrente de Gleidson na eleição, o ex-candidato a prefeito Will Bueno se juntou ao time. Ele assumirá a Secretaria de Fiscalização de Obras e Planejamento, também conhecida como Usina de Projetos. Ao introduzi-lo, Janete disse não se importar com os comentários sobre a possibilidade de Will deixar o governo para se candidatar a outro cargo público, como deputado federal: “Tomara que seja, tomara que ganhe e leve o nome nosso”.

Com uma rotina “mais louca do que a campanha”, Will trabalha para, já na primeira semana de governo, ter uma agenda de propostas. Observando sua experiência no governo federal, sua meta é implantar soluções adotadas em outras regiões do país que deram certo.

— Agora vou poder colocar em prática inúmeros projetos que têm dado certo em outros municípios e estados. A gente está pronto para fazer esses investimentos em iluminação, coleta de lixo, rodovias, cidade como um todo, preparar o terreno para a cidade começar a receber investimentos — detalhou.

Apesar da crise econômica em razão da pandemia, ele vê oportunidades de receber recursos dada, por exemplo, a baixa de juros, e tornar Divinópolis referência de cidade no Brasil.

— A gente quer uma cidade que tenha qualidade de vida para todos. Queremos que Divinópolis volte  não apenas a ser a “Princesinha do Oeste”, mas uma vitrine para o resto do país — finalizou.

 

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