Galileu no páreo!

Bob Clementino 

Há muito, escuto nas ruas e corredores do poder, às vésperas de
eleições para prefeito, que Galileu Machado está politicamente morto. E ele sempre surpreende seus críticos. Mais: desde a eleição de 1996, Galileu tem demonstrado que possui mais ou menos 35 mil eleitores cativos. Mesmo perdendo eleições, esses eleitores mantêm a correspondente média de votos para o atual prefeito.

Vejamos:

1996 - Derrotado por Domingos Sávio, Galileu recebeu 31. 807 votos.
2000 - Galileu derrotou Domingos Sávio e obteve 51. 161 votos.
2004 - Galileu perdeu a disputa pela Prefeitura para Demetrius Pereira, mas ainda assim obteve 45.184 votos.

2008 - Galileu foi derrotado por Vladimir Azevedo e 34.942 eleitores votaram nele.

2012 - Galileu foi novamente derrotado por Vladimir Azevedo, mas obteve 35.209 votos.

2016- Galileu foi eleito com 58.443 votos.

Muitos candidatos para poucos votos

O que se ouve nas ruas, becos e pontos de ônibus é que, para as eleições de prefeito em Divinópolis, teremos cinco candidatos. Em eleições anteriores, o número de votos válidos no cargo ficou em torno de 89%.  Isso projeta que os votos válidos para 2020 fiquem mais ou menos em 130 mil votos.

A distribuição deles é praticamente imprevisível e decorre de fatores diversos. Sendo mesmo cinco candidatos à Prefeitura, a média, em tese, é de 26 mil votos destinados a cada um.

Se a história mostra que Galileu Machado, pré-candidato à reeleição, tem um eleitorado fidelizado que lhe assegura cerca de 35 mil votos, certamente pode estar, sim, na disputa do topo e/ou constitui, teoricamente, páreo duro para os concorrentes.

Mas uma coisa é certa!

Em 2016, por ocasião da eleição de prefeito de Divinópolis, 29.922 eleitores – ou 25,76% do eleitorado –   preferiram votar branco, anular e abster de votar nos candidatos que disputavam a Prefeitura de Divinópolis.

Amor inexplicável

Que o deputado Domingos Sávio (PSDB) é o político que mais trouxe verbas e obras para Divinópolis, não há dúvida e os dados mostram isso. No entanto, inexplicavelmente, obteve aqui na cidade onde mora apenas 3. 973 votos. Em Coronel Fabriciano, Domingos conquistou mais que o dobro da votação, ou seja, 8.576 votos. Mesmo assim, sem mágoas políticas, continua ajudando nossa cidade.

Recentemente, Domingos foi com o prefeito Galileu Machado (MDB) a Brasília para assinar com ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o termo que garante a retomada das obras do PAC em Divinópolis. Serão beneficiados os seguintes bairros de Divinópolis: Candidés, São Simão, Grajaú, Maria Peçanha, Terra Azul, Costa Azul, Quinta das Palmeiras, Nova Fortaleza e São Cristóvão.

Só espero que os eleitores e Coronel Fabriciano compreendam este amor do deputado tucano pela cidade que lhe foi tão pouco reconhecida.
A injustiçada Divinópolis 

Não raro, vejo nas redes sociais alguns políticos que, para atacar o prefeito Galileu Machado, elogiam o desenvolvimento de cidades em torno de Divinópolis. Porém, o que esses críticos esquecem é que muitas dessas cidades nem hospitais têm e que a despesa para a saúde pública local é apenas na compra de ambulância, visando ao transporte de seus pacientes até Divinópolis. Sem gastos com hospitais, médicos e todas as despesas que a saúde pública envolve, fica fácil focar no desenvolvimento do outro município. E a “grande mãe” – Divinópolis – não só os recebe bem, como está tentando construir um big hospital público, para melhor atendê-los. Que motivo há, portanto, para desmerecer Divinópolis, nas entrelinhas?

O apito do amor

Senhor Ari Alvarenga é um antigo ferroviário que entrou para Rede Mineira de Viação em 1922. Hoje, com 88 anos, casado com D. Letícia D'Alessandro Alvarenga, mora na rua Vereador Januário de Sousa Rocha, no bairro Jardim Belvedere. Os trilhos da ferrovia passam logo atrás de sua casa e ele gosta de ouvir o apito da locomotiva. Por sorte, sempre que o comboio passa pelo bairro, é necessário apitar porque há ali uma travessia de veículos. Seu neto, André, é técnico em reparo das locomotivas e, ao sair com a máquina para teste e passar pela casa dos avós, sempre dá um apito longo e “choroso” em homenagem ao avô e dois apitos rápidos em homenagem à avó. É a forma que encontrou de homenagear o avô, que até hoje é um apaixonado pelos encantos dos trens e ferrovias.

 

 

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