Galileu candidato à reeleição em 2020

Por que não? Candidatar, qualquer pessoa pode, ser eleito é outra questão. O que vai dificultar a pretensão do alcaide é que ele tem perdido a batalha da comunicação. Como disse o vereador Marcos Vinicius (Pros) na reunião do dia 13/12/18 “o governo Galileu Machado está refém de um sistema informativo que propaga inverdades”.

Eu acrescento: o que vai dificultar a reeleição do prefeito Galileu Machado em 2020, entre outras coisas, é o fato de que o governo perdeu a batalha da informação para os arautos do caos. Explico.

 O que vai dificultar a reeleição

 Um dos fatores que pode dificultar a reeleição de Galileu é que seu mandato está chegando ao terceiro ano e ele não cumpriu nenhumas das suas promessas. Durante a campanha eleitoral, mesmo avisado de que a situação financeira da Prefeitura estava um caos, o então candidato prometeu que transformaria Divinópolis em um canteiro de obras. Destas muitas promessas, destaco: trazer de volta o restaurante popular, construir pontes, viadutos, trincheira do Icaraí, outra Unidade de Pronto- Atendimento (UPA), o sistema de tratamento de esgoto do rio Itapecerica, terminar o hospital público, tornando-o universitário, prometeu pagar os salários dos servidores municipais e respeitar seus direitos trabalhistas.

 Perdeu a batalha da comunicação

 A comunicação da Prefeitura não é capaz de criar a ambiência necessária para, com credibilidade, mostrar à população até onde vai a responsabilidade de Galileu diante do caos urbano/social/administrativo que se abateu sobre o Executivo. Claro que o prefeito tem sua cota de culpa, porque mesmo assumindo a Prefeitura sob um decreto de calamidade financeira, assinado pelo ex-prefeito Vladimir Azevedo, não foi econômico nas despesas. Esta culpa poderia ser atenuada de duas formas: explicando à população que o fato de o governo Fernando Pimentel (PT) travar R$ 103 milhões a que a Prefeitura tem direito inviabilizou a estratégia administrativa de seu governo, ou pressionar o governo Romeu Zema (Novo) e receber as verbas retidas pelo Estado e assim transformar Divinópolis em um canteiro de obras.

 Outros gargalos

 Contudo, entretanto, todavia, para Galileu Machado tentar sua reeleição em 2020, tem contra ele alguns outros obstáculos: é que, depois das eleições de 2018, o quadro político em Divinópolis mudou. Jaiminho Martins perdeu seu mandato de deputado federal, Fabiano Tolentino (PPS) não se elegeu deputado federal, o vereador Sargento Elton (Patriota) como candidato a deputado estadual (não eleito) obteve 25.006 votos em Divinópolis, e todos, certamente, são pré-candidatos a prefeito em 2020. E não é só isso: o ex–vereador e agora deputado estadual Cleitinho Azevedo (PPS), que recebeu mais de 61 mil votos em Divinópolis, dependendo de sua atuação na Assembleia Legislativa em 2019/20, pode se apresentar também como pré-candidato a prefeito em 2020. Por isso, entendo que foi prematuro o prefeito Galileu, em meio a uma crise sem precedente da Prefeitura, ter revelado sua pretensão de tentar a reeleição em 2020. Devagar com o andor, prefeito...

 Assinando decreto que flexibiliza a posse de armas

 Bolsonaro deu um drible no Congresso e, com uma canetada, mudou muito das regras vigentes desde 2004 para cidadãos comuns possuírem armas no Brasil. Desde ontem à tarde, qualquer pessoa com mais de 25 anos sem antecedentes criminais, que não tenha problemas mentais e que consiga segurar uma arma sem apontar descuidadamente para a própria cabeça, poderá ter em sua casa ou em sua padaria, mercadinho, açougue, salão de beleza ou loja de material de construção até quatro armas de fogo de qualquer calibre (desde que não seja de uso restrito).

 Na coluna de sexta-feira, 18, volto a este tema do decreto que flexibiliza a posse de armas.

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