Fundição cresce 2,6% em oito meses, mas fica abaixo da projeção

Setor acumula 1,57 milhão de toneladas fundidas, afirma Abifa

Pablo Santos

A Associação Brasileira de Fundição (Abifa) confirma alta de 2,6% na produção deste ano até agosto. O desempenho positivo está longe da projeção da entidade, de 7%, do começo do ano.

Conforme os números da Abifa, em agosto, a indústria brasileira de fundição produziu 210.387 toneladas, representando alta de 2,5% em relação a julho. Já no ano, o setor acumula 1,57 milhão de toneladas fundidas, o que significa 2,6% a mais quando comparado com os oito primeiros meses de 2018.

O ferro fundido lidera a produção no país, com 1,26 milhão toneladas, seguido do aço (177.865 tonelada) e dos metais não ferrosos (130.227 toneladas).

De acordo com os dados da Abifa, o mercado interno foi o principal consumidor dos fundidos produzidos em agosto (176.922), chegando a 84,1% do total.

Entre janeiro e agosto, 254.108 toneladas de fundidos foram exportadas, ou seja, 16,1% da produção acumulada de 1,57 milhão toneladas.

Quando se compara com interanual, a queda dos embarques até agosto foi de 2,9% em relação a 2018 (em peso). Em valores, o recuo foi de 6,6%. Para atender à demanda de fundidos em agosto, o setor empregou 56.308 pessoas. Este número é 1,7% maior que o de agosto de 2018.

Ano passado

2018 foi de plena recuperação para a indústria brasileira de fundição. De acordo com a Abifa, a produção de fundidos totalizou 2,28 milhões de toneladas no ano passado, o que equivale a uma alta de 6,3% diante das 2,14 milhões de toneladas fundidas no ano anterior, e de 8,6% sobre 2016.

Com base nas estimativas de produção de seus principais nichos de mercado, intenções de investimento da indústria no curto prazo e expectativas de consumo, a Abifa previa um incremento de produção/tonelagem fundida de 7% em 2019 (2,44 milhões de toneladas).

Em 2019, a produção de fundidos de Divinópolis e região aumentaria menos na comparação com o Brasil. Enquanto a previsão no país seria de 7%, no município ficaria em 4%. A produtividade nacional de fundidos tem incremento da indústria de automobilística e, no Centro-Oeste de Minas, a produção atende outros segmentos, com volume menor volume de produção.

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