Fórum do cidadão realiza reunião sobre redução do lixo
Maria Tereza Oliveira
Foi realizada ontem, no auditório da UNA, uma reunião sobre o descarte do lixo. De acordo com a facilitadora do Fórum Municipal do Cidadão (FMC), Andreia Pinto Rabelo, as reuniões são mensais e o objetivo é dar continuidade nos trabalhos.
— O Fórum tem atuado desde o ano 2000 e trabalha no intuito de ajudar na questão da coleta seletiva, dos catadores, na destinação de resíduos no Município como um todo. A gente espera que a coleta seletiva seja ampliada e trabalhamos muito para isso — explicou.
Algumas mudanças no regimento interno do fórum foram votadas na reunião de ontem, mas também foram apresentadas alternativas para reciclar e reduzir o lixo na cidade.
Podem participar do fórum cidadãos e instituições, desde que sejam cadastrados. Na reunião, além do regimento interno, foi debatido as formas de cadastros.
Sustentabilidade em alta
Desde a aprovação da lei que proíbe fornecimento de canudos de plástico em estabelecimentos comerciais na cidade, muitos comerciantes têm quebrado a cabeça para buscar um substituto para o canudo de plástico.
A lei de autoria do vereador Kaboja (PSL) segue outras cidades do país que já aprovaram leis similares que obrigam estabelecimentos comerciais a usarem canudos de papel biodegradável ou outros materiais que não agridem o meio ambiente.
Na reunião foi levado um canudo de aço. Uma opção para canudos descartáveis. Andreia explicou as vantagens do objeto.
— A gente ficou muito feliz com a aprovação deste projeto, porque parece muito pouco um canudinho, mas faz grande diferença no meio ambiente. Acreditamos que a medida de cada um passa a reutilizar os objetos, mais positivo é para o planeta — contou.
Ela afirmou que o fórum procura sempre alternativas para substituir objetos descartáveis.
— Se a gente não pode usar, vamos pensar em alternativas. Mas ainda estamos estudando alternativas. Nosso intuito é reduzir o lixo produzido.
Sobre a “Semana Lixo Zero”, Andreia contou que Divinópolis é um dos 50 municípios a participar do evento que visa conscientiza as pessoas sobre a redução na produção do lixo.
Lixo hospitalar
Embora não tenha sido a principal pauta da reunião, a questão do descarte do lixo hospitalar é a que mais preocupa a população.
Andreia explicou que o lixo hospitalar faz parte da discussão, mas também é discutido sobre resíduos têxtil, da área da construção civil, além do doméstico.
O prazo da Prefeitura para retirar o lixo, por recomendação do MP estadual, esgotou. São 350 metros cúbicos de lixo hospitalar abandonados em um galpão há seis anos na cidade.
Conforme reportagem publicada em outubro do ano passado, o chorume gerado pelos resíduos já contaminou o lençol freático. A mistura de seringas, luvas cirúrgicas e até restos de tecido humano exala forte odor, afeta a natureza e põe em risco a saúde de quem frequenta a região. Além disso, gera prejuízo à dona do galpão que havia sido alugado para as empresas citadas.
Presenças
A reunião contou com a presença de inúmeras instituições como, por exemplo, universidades, Ministério Público, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e pessoas que não tem ligação com nenhuma instituição, mas estão interessadas em ajudar na redução do lixo.
Andreia convidou a população para participar do fórum.
— Quanto mais gente se comprometer, menos lixo será produzido — finaliza.