Forças de segurança criam rede de monitoramento de explosões de caixas eletrônicos

 

Protocolo integrado de atuação foi apresentado durante workshop operacional

Da Redação

As forças de segurança de Divinópolis oficializaram, em encontro ontem pela manhã, a implantação de uma rede local de monitoramento de explosões de caixas eletrônicos. A meta é compartilhar informações e unir esforços para a formulação de ações coordenadas visando à prevenção e à repressão dos ataques contra instituições financeiras. Foi criado um grupo de trabalho para estreitar o diálogo entre as polícias e as instituições bancárias em todo o Estado.

O encontro, que será realizado em 20 cidades de todas as regiões de Minas Gerais, tem a intenção de estreitar o diálogo entre as polícias e as instituições bancárias em todo o Estado.

O encontro é uma iniciativa do Subgrupo de Trabalho Operacional sobre Explosões de Caixas Eletrônicos, uma força-tarefa criada em 2017 pelo governo do estado para atuar na redução dos crimes praticados com muita frequência no interior do Estado. O grupo tem forte atuação na área de inteligência, fazendo o mapeamento do modus operandi dos criminosos e a identificação de quadrilhas. De forma integrada, as apurações da inteligência se transformam em operações repressivas e preventivas.

Metodologia de trabalho

Aproximadamente 80 pessoas, incluindo policiais, agentes de segurança e gerentes de instituições bancárias, participaram de palestras sobre a metodologia de trabalho, verificaram as estatísticas de criminalidade, e aprenderam  sobre o protocolo de atuação em caso de explosões.

 Após o fim do workshop, foi consolidada a rede local de monitoramento.

Força-tarefa

Essa força- tarefa é formada por um grupo de 13 instituições, com articulação executiva da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Além da Sesp, participam dessa força-tarefa representantes da Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Corpo de Bombeiros, Ministério Público (MP), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Associação Brasileira de Bancos (Febraban), entre outros.

Redução do crime

Segundo o subsecretário de Integração da Secretaria de Segurança Pública, Danilo Emanuel Salas, revela que o número de ocorrências relacionadas a explosões de caixas eletrônicos na Região integrada de Segurança Pública (7ª Risp) que abrange as cidades de Abaeté, Divinópolis, Formiga, Itaúna, Lagoa da Prata, Nova Serrana, Pará de Minas, Pitangui e Pompéu teve uma redução drástica. Os dados mostram ainda que em 2016 foram registrados 24 casos de explosões, em 2017, 28 e em 2018, até o momento, apenas quatro.

Danilo Emanuel ainda ressalta que o fator crucial para a redução desta prática criminosa se deve a integração de forças de segurança e muito treinamento. Segundo ele, é justamente isso que faz a diferença para que esse número possa ser visto desta forma.

O representante da Associação dos Bancos de Minas Gerais, Edmar Campos, disse que as instituições financeiras estão investindo valores extremamente elevados em seus sistemas de segurança, no sentido de prevenir a ocorrência destes crimes.

— Os bancos investem em tecnologia de ponta, em portas giratórias, em sistema de vídeo, tintamento e fumaça. Estão sempre em busca de algo que possa inibir esse tipo de crime — resumiu.

 

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