Força-tarefa contra explosões em bancos começa a atuar no Centro-Oeste

Polícias Civil e Militar em Divinópolis mapeiam casos na região

Rafael Camargos 

As ação de quadrilhas especializadas em explosões a caixas eletrônicos têm sido uma realidade bastante comum nas noites e madrugadas de cidades do Centro-Oeste. Em grande parte dos casos, os bandidos escolhem cidades pequenas, onde o efetivo policial é menor.  

Com essa estratégia, os bandidos não encontram dificuldade em praticar o crime. Nos últimos dias, cidades como Pitangui e Dores do Indaiá  foram alvos. Esses e outros casos recentes fizeram com que o governador Fernando Pimentel (PT) começasse a pensar em uma solução para reduzir esses índices. 

Na sexta-feira, 8, ele anunciou a criação de uma força-tarefa. A formação do grupo foi definida após reunião do governador com representantes das forças de segurança estadual. De acordo com os dados oficiais, esse tipo de crime caiu 34% no estado nos oito primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. 

Preocupação 

De acordo com o assessor de emprego operacional da 7ª Região de Polícia Militar (PM), major Romeu Mendonça, em Divinópolis já existe uma intensificação do serviço de inteligência para mapear as quadrilhas. Aos poucos a força-tarefa vem sendo implantada. 

— Começamos a reunir junto ao serviço de inteligência os dados necessários para mapear as ações dessas quadrilhas na região. No entanto, esse serviço já existia. O que passamos a fazer foi intensificá-lo — falou.  

De acordo com o chefe do 7° Departamento da Polícia Civil, delegado Ivan Lopes, ainda não foi definido nenhum traço estratégico a ser trabalhado pela Polícia Civil porque o chefe da corporação está está em viagem. 

— Com o que estamos desenvolvendo até o momento, não houve muita mudança — reconheceu. 

Segurança 

O governador destacou que além de aumentar a sensação de segurança no estado, também há o objetivo de garantir o pleno funcionamento dos bancos nos pequenos municípios.  

Segundo ele, após cada explosão ou assalto a caixa eletrônico os cidadãos ficam totalmente descobertos de serviços bancários em cidades que não possuem mais de uma agência. 

— Vamos constituir uma força-tarefa dedicada exclusivamente à prevenção, investigação e combate a esse tipo de crime. O governo está preocupado e vamos agir, agora de forma mais integrada, organizada, efetiva e focada. O número de casos diminuiu, mas o impacto socioeconômico é muito grande — afirmou Pimentel.

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