Finalmente

Preto no Branco

Galileu não é mais prefeito, Marcelo Máximo, conhecido como “Marreco”, anda meio sumido, a sentença saiu, com as devidas punições, mas a CPI criada na Câmara para investigar favorecimento de cargo continua em vigor. Acredite se quiser. A chamada CPI dos Áudios, em 2018, ouviu muita gente à época, incluindo o ex-prefeito, mas não juntou provas suficientes para um possível afastamento de Galileu. Os outros citados, incluindo secretários da gestão, foram condenados a pagar cestas básicas. Galileu, que possuía outro pedido de condenação, teve o processo encaminhado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Acusado de improbidade administrativa, foi inocentado pelo órgão em agosto de 2018. O fato é que, mais de três anos se passaram e, até hoje, o processo no Legislativo não foi encerrado. Deixou a desejar a legislatura passada – campeã de abertura de CPIs –, que teve quase dois anos para “liquidar a fatura”, mas preferiu deixar para a outra. 

Finalmente

Na atual formação da Câmara, praticamente sete meses se passaram e, somente agora, quando surgiu a possibilidade de abertura de uma CPI para investigar as obras no Cemitério da Paz, é que se atentou que não poderia, pois há três abertas, o limite permitido. A dos Áudios, da UPA e do Complexo de Saúde São João de Deus. Por isso, foi nomeada apenas uma comissão especial para apurar a denúncia sobre a transferência dos restos mortais do cemitério, feita por Róger Viegas (Republicanos). Depois dessa confusão toda, a presidência da Casa nomeou uma comissão para extinguir a CPI dos Áudios, o que deve acontecer nos próximos dias. Enfim, demorou, mas finalmente parece caminhar para o encerramento. 

Contendas 

E não é por falta de trabalho a se fazer na atual legislatura que ainda há essa e outras pendências oriundas das anteriores. Demanda é o que não falta, apesar de alguns vereadores ainda não terem noção do que é ocupar o cargo. Viajam tanto que é difícil saber se é por falta de conhecimento, preguiça de pesquisar ou uma assessoria que se preocupe com isso. Estando preparados ou não, o fato é que já foram eleitos e ainda restam mais três anos e meio de mandato. Então é hora de se libertarem de contendas passadas e pensar no presente. A exemplo da semana passada, esta promete e vai depender do bom desempenho da Casa para tentar esclarecer pelo menos duas situações consideradas “cabeludas”.

Assustador

O duplo homicídio no início da noite do último sábado, em uma via movimentada do bairro Belvedere, em Divinópolis, foi aterrorizante. Muita gente que passava pelo local ficou sem ação. As execuções se deram ali, na porta de um supermercado na maior naturalidade do mundo e faz a gente se perguntar: por que a vida do ser humano ficou tão banal? Certeza da impunidade ou falta de amor ao próximo? Diria que são as duas alternativas e uma certeza, também com dois caminhos: a prisão ou a morte. 

Sem noção 

O egocentrismo e o tal ditado “Pimenta só arde no olho do outro” está tão comum na atualidade que já nem surpreende mais, infelizmente. As constantes queimadas vistas todos dos dias, a qualquer hora, na zona rural ou na cidade, exemplificam bem o relacionamento do ser humano de umas décadas para cá. Mesmo a umidade relativa do ar beirando o caos, os riscos à saúde humana e dos animais são totalmente ignorados e o que se vê são chamas e a mata sendo consumida. Falta de conhecimento do mal causado não é. Afinal, o assunto é falado, repetido e ratificado todos os dias por todos os veículos de comunicação, e não é possível que em pleno século XXI ainda existam pessoas que vivam isoladas sem nenhum tipo de comunicação. Ou seja, a tão falada empatia ainda nem passou perto da maioria, ou, se passou, foi ignorada. 

 

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