Fim de semana violento tem tentativas de feminicídio e agressão a militares

Foram registrados três casos de espancamento; no Planalto, festa foi interrompida e policiais agredidos por organizadores

Da Redação 

O fim de semana foi de muito trabalho para as forças de segurança de Divinópolis. Ao menos três ocorrências de agressão foram registradas entre sexta-feira, 10, e domingo, 12. Entre os casos de violência, chamam a atenção duas agressões cometidas contra mulheres.

No sábado, 11, duas mulheres foram espancadas por um homem no Interlagos. Uma das vítimas é ex-namorada do agressor. Durante busca no bairro, a Polícia Militar (PM) localizou o veículo GM Vectra de cor prata, descrito como sendo o carro utilizado pelo agressor. O condutor, Paulo Arcanjo dos Santos, 57 anos, disse à polícia que buscou Werlerson Rios Teixeira, autor da agressão, em um bar no Porto Velho e o levou até o Interlagos. Na sequência, Werlerson agrediu com pauladas duas mulheres, sendo uma deixada ferida no local. A segunda vítima foi levada até o fim da rua Formiga, onde o autor desceu do veículo e continuou as agressões. Segundo testemunhas, a violência foi interrompida por populares. O agressor conseguiu fugir. Os policiais encontraram sangue no veículo de Paulo Arcanjo, que foi pego em flagrante e levado para a delegacia, onde foi  e enquadrado no crime de tentativa de feminicídio. Ele não possuía passagens pela polícia.

Agressão contra mulher  

Ainda no bairro Interlagos, outro crime chocou moradores da rua Candidés. Por volta das 20h de sábado, uma mulher foi brutalmente espancada por um casal. Guilherme Augusto de Faria, 23 anos, e sua companheira, Vanessa Yasmim Gonzaga, 24 anos, agrediram Camila Lírio Moraes Aquino, 32 anos, a golpes de picareta.

De acordo com informações da PM, os militares chegaram ao endereço do crime e avistaram Guilherme, que de imediato foi contido e algemado. A namorada chegou ao local e assumiu a autoria do crime. Ela também foi presa em flagrante.

A vítima foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou quadro clínico grave de fratura frontal e zigomática, além de perfuração craniana que ultrapassou a linha óssea e chegou próximo ao cérebro. Ela foi levada em estado grave para a Sala Vermelha do Complexo de Saúde São João de Deus.

Na noite do crime, a polícia recebeu a denúncia de que outro homem havia ajudado Guilherme Augusto durante a agressão. Seria Marcos Faria Cunha, tio de Guilherme, que, ao ser questionado sobre a participação no crime, disse que não comentaria. Até a manhã de ontem, militares ainda rastreavam o paradeiro de Marcos Faria Cunha.

A polícia ainda investiga as causas do espancamento. Em depoimento, os agressores disseram que tinham desentendimentos com a vítima.

A assessoria de comunicação do São João de Deus informou à reportagem por volta das 16h30 de ontem, no fechamento desta página, que o estado de saúde de Camila Lírio era gravíssimo, sem apresentar nenhuma melhora em seu quadro. 

Festa 

O fim de semana também foi de desobediência às normas sanitárias de não aglomeração em razão da pandemia do coronavírus.  No Planalto, uma festa realizada no terraço de um prédio, tirou o sossego de vizinhos do local. Além da aglomeração de pessoas, mais um capítulo de agressão foi registrado, desta vez contra policiais. Um jovem de 23 anos, que se identificou como um dos organizadores disse aos policiais que os convidados estavam fazendo o uso de máscara e álcool em gel. Ele se negou a encerrar o evento.

Depois de notificar os presentes no festa, alguns dos participantes atiraram latas de cerveja contra os militares.  De acordo com a polícia, sete pessoas foram levadas à delegacia, inclusive uma mulher que também disse ser organizadora da confraternização.

Os envolvidos poderão responder por desacato e perturbação da ordem.

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