Férias de janeiro...

Amnysinho Rachid

Chegamos em janeiro, com muitos problemas mas também com muita esperança, aquela coisa dos brasileiros, que não deixam nunca a peteca cair. 

Interessante como não somos patriotas, como sempre achamos que só temos problemas, que o nosso Brasil não tem solução. Acredito que isso já se tornou um vício de negatividade. Notamos que em outros países existem grandes problemas. Grandes países, como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e muitos outros, têm como base a imagem do país. Notamos como as bandeiras são sempre colocadas em primeiro plano, como é feito uma campanha maciça do patriotismo.

O nosso querido Brasil é, com certeza, uma grande nação com riquezas ainda não exploradas e tem em seu povo sua maior riqueza.

Tivemos uma demonstração que em grandes nações também podem acontecer terrorismo e invasões. Vejam o que aconteceu com o congresso americano, loucura. A mais moderna polícia de proteção do mundo não conseguiu segurar a fúria da população, seguindo um louco chamado Trump... Essa história ainda vai dar muito pano para manga.

Mas, voltando a janeiro, acho que muita gente está pensando que a pandemia entrou de férias e que na praia ou nos shoppings das grandes cidades não se pega a peste. Doce ilusão. 

Estamos recebendo a turma que saiu para o Réveillon e trazendo nas malas aquela lembrancinha de atum, a peste da covid. Tenho um grande número de amigos que estão com os filhos guardados nos quartos esperando passar. No entanto, não pensam que espalharam para um número maior até chegar em casa, mas não podiam ficar em casa neste Réveillon e perder a festa. Vai entender uma geração antenada descontraída e metida a saber mais que todos!

Agora é assim: muitos estão em viagens de férias, tirando muitas fotos e se achando poderosos nas selfies. Daqui uns dias, tem outra leva de “pistiados”, como diz minha amiga Leila, chegando.

Saudade daqueles janeiros que íamos para praia ainda com as estradas de terra, passando Tam Tom para bronzear e, no fim da tarde, se lambuzava de maisena dissolvida na água com álcool e deixava secar para tirar a febre do sol. Saudade das praias do Espírito Santo, Guarapari e Marataízes, que a mineirada se achava dona e tomava todas dando altos vexames nos fins de tarde. 

Saudade das pranchas de isopor, dos tamancos de madeira, das cadeiras de praia ainda de madeira que, na volta para casa, vinham espremidas dentro dos carros... Toda família levava sua secretária doméstica que sempre arrumava um namorado na praia e, passados alguns meses, sempre casavam e o coitadinho daqui nem imaginava que o presentinho do casamento era capixaba... Se é que me entendem...

E assim vamos torcendo por dias melhores e nos lambuzando no álcool em gel. Tok Empreendimentos, rua Cristal, 120, Centro.                    

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