Febre maculosa sob controle

 

Matheus Augusto

Uma das grandes preocupações na área da saúde no ano passado parece estar controlada neste ano. No entanto, ainda é preciso continuar atento à febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato estrela. Até o momento, Divinópolis ainda não registrou nenhum caso, porém determinados locais continuam interditados como medida preventiva.

Durante o ano passado, a situação causou apreensão na cidade.

— Foram 24 casos notificados no ano passado em Divinópolis. Desses, seis foram confirmados, e três mortes foram registradas, de acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) — informou a Prefeitura.

O Parque da Ilha é uma das regiões com acesso bloqueado. O local está interditado desde maio.

Olho no carrapato

De acordo com a Administração, os carrapatos encontrados em abril no parque não estavam contaminados. No entanto, ainda é preciso atenção especial com o local.

— A reabertura depende dos trabalhos de fiscalização que são realizados periodicamente. Nas últimas varreduras, foram encontrados carrapatos ainda dentro de uma estatística que requer cuidados. Enviados para análise, não houve registro de nenhum deles contaminado com febre maculosa — afirmou.

 A Prefeitura informou também que a reabertura dos ambientes interditados depende das condições encontradas durante as vistorias.

— É necessária a certeza de que a incidência não ofereça risco aos usuários — explicou.

Cuidados

Os ambientes onde a Semusa já constatou a presença de carrapatos ou são considerados suscetíveis à doença foram interditados temporariamente para evitar a contaminação dos visitantes. Tais locais foram devidamente sinalizados pela secretaria a fim de alertar a população sobre os riscos e os cuidados a serem tomados.

Segundo a Prefeitura, apesar de simples, evitar os locais sinalizados já é um grande passo para evitar a doença.

— [A recomendação é] evitar os espaços considerados de risco. Todos eles, inclusive, identificados por placas da Secretaria Municipal de Saúde — ressaltou.

É recomendado que, ao caminhar por áreas de risco, a pessoas utilize repelente em toda a superfície corporal, além de evitar sentar nesses locais. Caso isso ocorra, é preciso checar o corpo, a cada duas ou três horas, em busca de um carrapato de tamanho reduzido e de difícil visualização.

Encontrando o carrapato, este deve ser removido com cuidado, através de leves torções com o auxílio de uma pinça. Não é indicado espremer com as unhas, bem usar objetos aquecidos, como fósforos ou agulhas, no transmissor.

Fechados

O Parque da Ilha tem vivido dias incertos. Fechado em agosto do ano passado, o local foi aberto em 25 de janeiro deste ano. A liberação só ocorreu após uma equipe da Semusa realizar uma varredura em busca de carrapatos estrela. Como a incidência encontrada foi baixa, a Vigilância Ambiental recomendou que o acesso de visitantes fosse novamente permitido.

Após o aval, servidores de diversas secretarias formaram uma força-tarefa para realizar a limpeza do parque.

Segundo fechamento

No entanto, cerca de quatro meses após a reabertura, o Parque da Ilha foi novamente fechado em maio. No mês anterior, a Vigilância em Saúde havia dado início a uma ação preventiva de varredura em áreas de risco em busca do carrapato estrela. Durante a visita ao Parque da Ilha, a equipe encontrou o transmissor da doença. Eles foram, posteriormente, submetidos a análise para constatar se estavam contaminados ou não.

Na época, a diretora de Vigilância em Saúde, Janice Soares, explicou que um dos motivos para a recomendação de fechar o parque novamente foi o desrespeito de parte dos visitantes.

— Temos vários relatos de que frequentadores entram na mata, onde os carrapatos estão concentrados, mesmo com as placas de aviso fixadas nas áreas — destacou.

Além do espaço, dois campos de futebol no bairro Danilo Passos estão interditados temporariamente.

 

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