Faturamento se junta a outros indicadores e fica enfraquecido

Pablo Santos

O único indicador na indústria do Centro-Oeste de Minas Gerais com avanços mensais caiu após crescer duas vezes neste ano. O faturamento estava em alta, mas se juntou ao emprego, horas trabalhadas e massa salarial amargando resultados negativos, de acordo com os dados da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg).

Conforme a pesquisa mensal, o faturamento das empresas dos 76 municípios que compõem o Centro-Oeste registrou declínio de 9,4% em março no confronto com fevereiro.

No primeiro bimestre, o faturamento estava com índice alto de crescimento: 18%. No entanto, no trimestre, a alta perdeu fôlego e está em 5,4%.

Em uma outra comparação, de março de 2019 com o mesmo período do ano passado, a indústria regional está com vendas 13,3% menor. 

— O recuo foi decorrente do decréscimo das vendas no mercado interno — afirmou.

Em contrapartida, de acordo com a Fiemg, o faturamento real cresceu 5,8% no primeiro trimestre, em razão do aumento das vendas nos mercados interno e externo. O resultado foi o melhor para o período desde 2017.

Indicadores

Outros indicadores colecionam números negativos desde o começo do ano. As horas trabalhadas na produção caíram 2,0% em março. No acumulado do ano, foi de 2,8%, e em março, comparado ao mesmo período do ano passado, verificou-se declínio de 5,1%.

O emprego registrou a segunda queda seguida, com decréscimo de 0,9% em março, na comparação com fevereiro. Os números de março com o mesmo mês de 2018 apontaram outra queda: 2,1%.

A massa salarial caiu 0,5% no acumulado dos três primeiros meses de 2019. Em março, no confronto com o mesmo período de 2018, o declínio foi de 1,6%. Já em março contra fevereiro, registrou-se número positivo: 6,5%.

— Adiamento da implementação de reformas estruturais importantes, como a da Previdência, contribuem para a manutenção de um cenário de incertezas, comprometendo uma retomada mais robusta da atividade industrial — destacou a Fiemg.

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