Faturamento cresce, porém emprego e horas trabalhadas caem

 

Pablo Santos

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) confirmou que o faturamento das empresas avançou em janeiro. No entanto, horas na produção, emprego e massa salarial recuaram no primeiro mês do ano. 

Os dados mostram que, em janeiro, o faturamento real das empresas da região avançou 6,5%, após dois meses seguidos de quedas.

— O aumento foi motivado pelo crescimento das vendas no mercado interno e das exportações —apontou a pesquisa mensal.

As horas trabalhadas na produção recuaram 6,7% e marcaram o terceiro mês seguido de queda. O emprego caiu 9,6%, o segundo decréscimo consecutivo.

Ainda conforme os dados da Federação, a massa salarial real das empresas regionais recuou fortemente (29,4%), devido ao pagamento da segunda parcela do 13° salário no mês precedente.

Acumulado

A pesquisa também analisou no acumulado do ano o desempenho das indústrias do Centro-Oeste. O faturamento real avançou 19,0% em janeiro, frente ao mesmo mês de 2018.

— O resultado foi motivado pela elevação das vendas no mercado interno e das exportações —destacou.

O emprego recuou 9,3% no mesmo período, e influenciou as quedas nas horas trabalhadas na produção (-12,5%) e na massa salarial real (11,5%).

Minas

O começo do ano foi marcado pela paralisação parcial das atividades extrativas minerais no estado.

— Os impactos iniciais foram captados pela pesquisa Indicadores Industriais de janeiro, que mostrou queda de 4,7% no faturamento real da indústria geral (indústria de transformação + indústria extrativa), pior desempenho para o mês desde 2011. O decréscimo foi justificado pelo significativo recuo de 52,6% na indústria extrativa. Os índices gerais de emprego, massa salarial e rendimento médio real também caíram. Vale ressaltar, entretanto, que houve aumento nas horas trabalhadas na produção da indústria geral, resultado decorrente do avanço na indústria de transformação — definiu o relatório.

 

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