Faturamento cresce pelo segundo mês seguido

Pablo Santos

O faturamento da indústria geral avançou pelo segundo mês seguido, puxado pela indústria de transformação, apontou a pesquisa indicadores da Fiemg. Conforme os dados do levantamento mensal, o emprego mostrou ligeiro acréscimo. Também apresentaram elevações a massa salarial e o rendimento médio e, em contrapartida, as horas trabalhadas na produção recuaram, em decorrência das quedas nos dois segmentos da indústria. 

Os dados apresentados pela Fiemg mostraram, em sua maioria, desempenho superior ao do mesmo período de 2018.

— O emprego voltou a crescer – o que não ocorria desde 2013 – influenciando o avanço da massa salarial. Os índices de horas trabalhadas na produção e rendimento médio real, apesar de seguirem negativos, registraram quedas menos intensas que as de 2018. Apenas o faturamento real apresentou resultado pior, explicado pelos recuos nas indústrias de transformação e, especialmente, na extrativa mineral, prejudicada pelas paralisações parciais no setor — destacou a nota técnica da Fiemg.

O faturamento da indústria geral avançou 0,8% em setembro, na comparação com agosto, resultado do crescimento de 3,7% na indústria de transformação. Por outro lado, na indústria extrativa, houve queda de 29,8%. Em relação a setembro de 2018, a indústria geral reduziu 3,1%, reflexo da diminuição na indústria extrativa (-37,0%). No acumulado do ano até setembro, a indústria geral recuou 5,0%, em decorrência dos decréscimos nos dois segmentos: transformação (-0,7%) e extrativa (-44,4%). Na análise dos últimos 12 meses, o indicador geral caiu 3,7%, em razão de recuos nos dois segmentos da indústria.

O emprego da indústria geral aumentou apenas 0,1% em setembro, frente a agosto, resultado da elevação de 0,5% na indústria extrativa. Já na indústria de transformação, manteve-se estável. Em relação a setembro de 2018, o índice geral avançou 3,7%, refletindo as expansões nas indústrias de transformação (3,8%) e extrativa (2,3%).

No acumulado do ano, o indicador da Indústria geral cresceu 1,1%, devido à igual alta na indústria de transformação e ao aumento de 1,4% na extrativa.

A nota técnica da Fiemg faz uma estimativa positiva dos próximos meses.

— O último trimestre de 2019 apresenta boas perspectivas para a indústria mineira. A liberação de recursos do FGTS, a redução dos juros, o maior acesso ao crédito e o avanço gradual do mercado de trabalho contribuem para um cenário mais favorável ao consumo e para um melhor desempenho da atividade econômica — afirmou.

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