Faltam remédios fundamentais para o tratamento de doenças

 

Matheus Augusto

Sem médicos e sem remédios. A situação na Saúde em Divinópolis e em Minas Gerais continua delicada. Segundo informou o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) no início deste mês, dos 134 itens distribuídos pelo Ministério da Saúde (MS), 25 já estão esgotados no país, e outros 18 devem se esgotar em cerca de 30 dias.

Medicamento

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) comunicou, através da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis (SRS-Div), que medicamentos como o Azatioprina 50 mg (Imussuprex), usado em doenças autoimunes e em transplantes de órgãos, para evitar rejeição, não tem no estoque. Outro remédio em falta é Mesalazina 400 mg, usado para o tratamento das enfermidades inflamatórias do intestino.

Um dos mais conhecidos medicamentos para o combate a dores fortes e agudas também está fora das prateleiras: a morfina. Segundo a Superintendência, o desabastecimento ocorre devido a “pendências financeiras”.

— Contudo, a SES-MG entende ser de suma importância a regularização do fornecimento. A atual gestão segue se empenhando para garantir a continuidade dos serviços prestados aos beneficiários. Entre essas medidas estão: negociações com fornecedores, cobrança de fornecedores inadimplentes e perante ao Ministério da Saúde, a solicitação de participação em atas de compras da União e de outros Estados — informou a pasta.

Ainda de acordo com a Secretaria, assim que os remédios forem recebidos, serão distribuídos às unidades de saúde.

Oncologia

Os pacientes com leucemia e câncer de mama, cerca de 162 pessoas na cidade, também passaram por dificuldades. No fim de abril, o Governo de Minas anunciou que dois medicamentos, Imatinibe 100 mg e Trastuzumabe 150 mg, usados no tratamento, não estariam mais disponíveis. Imediatamente, a Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas (Acccom) informou que custearia o Imatinibe por um mês, visto que a Prefeitura precisaria abrir um processo licitatório de, no mínimo, seis meses. Ainda segundo a SES, tais remédios são adquiridos pelo Ministério da Saúde. 

De acordo com a Regional de Saúde, o Sistema de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (Sigaf) aponta que ambos os medicamentos foram enviados ao Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD).

Ministério

Até o fechamento desta reportagem, por volta das 17h30, o Ministério da Saúde não havia informado se há previsão para o envio dos remédios.

 

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