Faltam candidatos

Lançar o maior número possível de candidatos a prefeito em 2020, principalmente nas cidades onde há horário eleitoral na TV. Essa é recomendação do ex-presidente Lula ao PT, que pretende aproveitar a eleição municipal para fazer a defesa dos governos petistas e dele próprio. Porém, suas pretensões serão difíceis, para não falar impossíveis, de ocorrer. Os graves problemas enfrentados pelo partido culminaram na falta de candidatos competitivos. Além disso, tem as negativas por parte de velhos quadros da legenda e interesses políticos que são entraves para o cumprimento da meta. Se os antigos aliados estão resistentes é sinal que a coisa é mais complicada do que se imagina.

Não quer

Para se ter uma ideia da situação, em São Paulo, um dos maiores redutos petistas, a legenda ainda está à procura candidato. Uma ala importante da sigla, liderada exatamente por Lula, investe na volta da ex-prefeita Marta Suplicy, mesmo sabendo que a manobra é arriscada. Caso não haja sucesso na investida, deve voltar a pressão para que Fernando Haddad assuma a empreitada. Só se esqueceram de combinar com ele, que já disse alto e bom som por várias vezes que não quer. Sob alegação de que precisa organizar sua vida pessoal, se esquiva dizendo ainda que três eleições em um prazo de seis anos é muita coisa. E é! Mas ele deve mesmo é estar correndo de problemas.

Replay

Cenário que não é diferente em Belo Horizonte, onde o deputado Patrus Ananias, citado explicitamente pelo ex-presidente, por enquanto não se manifesta. No entanto, há quem diga que ele, como bom mineiro do interior, também estaria correndo de problemas e, por isso, prefere se concentrar em temas nacionais do que disputar a Prefeitura da capital, cargo que já ocupou. Se o quadro não se alterar, a aposta passar a ser a deputada Áurea Carolina (Psol), isso já em uma aliança. Prova que, no atual cenário, “o mar não está para peixe”.

Repete-se

Em Divinópolis, cidade mais importante do Oeste de Minas, onde já chegou recomendação, certamente andará no mesma trilha dos demais. Apesar de já ter sido administrada pelo partido, gestão Demetrius Pereira, e ter tido, na época, uma grande respaldo e retorno por parte do governo federal, atualmente, o prestígio anda lá em baixo. Um exemplo disso é que não possui nenhum representante no Legislativo e quase não se ouve falar no diretório local, que ainda tem à frente Manoel Cordeiro. Um dos nomes fortes da sigla, o ex-vereador Edimilson Andrade, não conseguiu se reeleger e ainda não sabe se caminhará com ela nas próximas eleições. Uma reviravolta ou o declínio de vez: só se saberá nos próximos quatro meses, findando em abril, considerados decisivos.

Há esperança

Ainda na esfera de partidos, só que três diferentes, está a expectativa do futuro de Divinópolis. Depende dos integrantes da comissão que analisa o relatório da CPI do IPTU terminar sua análise, ou cobrar de quem tem que fazer isso agilidade, para que possa ser apreciado e, consequentemente, o projeto da planta de valores. A nova promessa é a semana que vem, quando faltarão poucos dias para o recesso. Se bem que esta promessa era para outubro e já adentramos em dezembro. Se o ritmo for o mesmo, não entra mais para outro mês, e sim para o novo ano. E isso, com certeza, a cidade e sua população não merecem.

Tempo curto

A próxima semana já é a segunda de dezembro e na terceira, dia 16, é a data para o fim dos trabalhos no Legislativo em 2019. Isso se não houver reuniões extraordinárias, caso não haja tempo hábil para apreciar projetos importantes. Bom, para saber o que vai rolar neste período, será preciso aguardar. O certo é que 2019 praticamente acabou, passou voando e 2020 vem aí. Alívio para uns e certo desespero para outros.

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