Faça valer a pena

Israel Leocádio

Olá! Como vai? Acredito que ainda que as coisas possam estar indo de uma forma que possamos responder positivamente, por razões diversas, ainda respondemos que não está tão bem como gostaríamos, não é mesmo?! Carregamos uma vocação para o pessimismo, o vitimismo, o negativismo. Talvez seja nossa herança deixada desde os tempos do Brasil colônia, subserviente da exploração da coroa portuguesa. Talvez seja o próprio tempo chamado “hoje”, com sua marca já deixada na história da humanidade. Não sei! Podem ser por motivos conscientes ou inconscientes. Mas gostaria de sugerir que repensássemos isso. Sugiro uma mudança de mentalidade para que, quem sabe, haja mudança de realidade.

Na reflexão de hoje, faço menção dos reis Davi e seu filho Salomão. De Davi, tomo a reflexão que diz: Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida e o número dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou” (Salmo 39.4). Este verso talvez resuma o pensamento de todo o Salmo, que é uma pergunta para a qual não se encontra resposta: “Qual é o sentido da vida?”. Nos treze versos deste Salmo, Davi usa frases que sugerem a sua dúvida, como: “com silêncio me emudeço”; “esquentou meu coração, enquanto meditava”; “o homem vive em uma vã aparência”. São frases de um coração inquieto, com a dúvida do porquê da vida.

O rei Davi conclui com a ideia de que a vida é curta demais para que se possa ver seu sentido. Ele compara a existência humana a um palmo em relação à eternidade de Deus. A vida é curta, tudo passa rápido. O herói, que teve seu tempo de glória, que entrava em Jerusalém ouvindo canções sobre seus triunfos, que venceu dez milhares, agora é velho e depende de uma pessoa que o aqueça nas noites frias do palácio. O tempo passa. Os aplausos passam. As honrarias passam. A juventude passa. Exatamente neste ponto, tomo por empréstimo as palavras do rei Salomão, refletindo sobre o mesmo ponto: “vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (Eclesiastes 1.2). 

Sob esse olhar do efêmero ser humano, ambos os sábios chegam a uma conclusão: “Aqui não é tudo que Deus reservou para o homem”. Ao olhar uma pequena porção, nunca compreenderemos o todo. Então, talvez não devêssemos perguntar “por que a vida?”, e sim “como viver a vida?”. Seguindo essa direção, então sugiro três atitudes, para quem as aceitar.

Primeiro, reconheça que esta vida é curta e passa logo. Por isso, busque vivê-la com qualidade. Faça-a valer a pena. Gaste mais tempo com quem ama. Delicie as boas coisas que esta vida proporciona, ainda que sejam pequenas. Observe melhor e por mais tempo a beleza. Gaste mais tempo sendo feliz, fazendo o que o faz feliz, com quem o faz feliz. Curta os presentes que Deus lhe oferta. Goste daquilo que realmente você prefere.

Segundo, reconheça que a vida passa rápido e que você tem apenas este tempo. Então, corrija as coisas que fez de errado, que impedem de reter o respeito de quem importa. Peça perdão a quem você ofendeu. Reconheça erros. Amadureça. Aliás, corrija as coisas com Deus. Porque você tem apenas este tempo para acertar os ponteiros com quem realmente importa. E Deus deveria estar no topo da sua lista de pessoas importantes.

Finalmente, reconheça que esta vida é curta e não é o fim de tudo, mas o início. Logo, deixe o erro. Pois aquele que se arrepende dos seus pecados, confessa-os e deixa-os alcançará misericórdia da parte de Deus. Se Deus é uma fantasia pra você, fazer coisas boas não trará problemas, certo?! Pelo contrário, torna-o mais digno. Contudo, se sua ideia sobre Deus estiver errada, então, fazer a coisa certa, deixar o mal e o pecado será sua salvação. Logo, mais uma vez, será a coisa certa a fazer.

Faça a vida valer a pena! 

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