Estou presa à campanha do meu time de futebol?

 

Todos conhecem alguém que é fã de uma banda, um artista, um time de futebol. Tratando-se da equipe do coração, é comum ocorrer uma paixão incondicional, muitas vezes influenciada desde a infância pelo pai, tio ou avô. O humor desse torcedor varia de acordo com a campanha do seu clube. Se este ganha, está feliz e animado, além de zombar dos colegas que torcem pelo outro time. Mas, se o time perde, começa o tormento: não aceita ser motivo de chacota, além de ficar irritado e triste.

Eu vivia presa a essa realidade, mas algo me incomodava muito.

Certo dia, eu e minhas amigas marcamos de nos encontrar em um restaurante, para colocar a conversa em dia. Estava tudo bem, brincávamos, dávamos boas gargalhadas, até chegar um conhecido de uma delas e sentar-se conosco.

Mas qual era o problema? O que deu errado? Descobri que ele torcia pelo time rival ao meu. Logo não me contive e começamos a falar de futebol, um defendendo seu time e desmerecendo o do outro. O tom de voz ia aumentando, cada um queria impor o que pensava, criando um clima ruim na mesa.

Depois de algum tempo, minha amiga falou: “Chega, já passou da hora de terminar com esse assunto”. Seu amigo imediatamente levantou-se da mesa. Eu estava um turbilhão por dentro e, ao mesmo tempo, chateada com o que havia ocorrido. Queria esconder-me debaixo da mesa.

Depois de um tempo, com a mente mais serena, voltei os olhos para a minha atitude, para o meu mundo interno, tentando identificar por que ficava incomodada com tais situações, já que não era a primeira vez que atuava dessa maneira. Afinal, se muitas pessoas agem assim, eu pensava ser normal.

Identifiquei algo importante dentro de mim: a existência de um pensamento que tira a minha liberdade de sentir e pensar – o fanatismo. Esse pensamento pertence a uma corrente mental negativa, que utiliza de mentes com pensamentos afins para ganhar força e atuar. Quanto mais mentes conseguir afetar, mais rápida será sua expansão.

Ele era tão dominante em mim que muitos só vinham conversar comigo sobre futebol, relacionando a minha pessoa ao meu time. Perdi oportunidades de conhecer melhor as pessoas, de transmitir o que eu pensava e proporcionar conversas agradáveis, vinculando-me a elas por outros pensamentos afins.

Ao ver claramente o mal que me estava fazendo, fiquei feliz. Sabendo a causa de vários momentos de infelicidade, percebi a possibilidade de mudar essa característica. Desde aquele dia, intensifiquei meus estudos sobre mim mesma e a análise das experiências vividas de forma científica. Tenho conseguido combater essa falha psicológica, fortalecendo e criando pensamentos positivos que me ajudam nessa luta diária, como a simpatia, a contenção e a confiança em mim mesma, nas minhas novas maneiras de pensar, falar e agir.

Não foi necessário abrir mão de torcer pelo meu time. Aprendi que devo adestrar esse pensamento para que eu o domine, e não o contrário. (Artigo escrito por Ana Luiza Severino Rossi de Oliveira, docente da Fundação Logosófica do Brasil.)

Para saber mais sobre este assunto, procure a Fundação Logosófica em Prol da Superação Humana, uma instituição particular de utilidade pública, com finalidades exclusivamente educacionais e culturais, escola onde se estuda a logosofia, ciência destinada à evolução consciente do ser humano.

Em Divinópolis, ligue para (37) 3222-0390, das 13h às 21h de segunda a sexta-feira, e sábado entre 8h e 12h. Mais informações: www.logosofia.org.br e [email protected].

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