"Estou entre os que não querem nem Temer nem Lula", diz Domingos Sávio

Deputado por Divinópolis se posiciona sobre permanência ou não de seu partido no governo

Da Redação

O deputado federal Domingos Sávio (PSDB) acaba de divulgar posicionamento a respeito da permanência ou não de seu partido no governo. “Estou entre os que não querem nem Temer nem Lula”, resume.

Confira a íntegra da nota divulgada

“Estou neste momento participando da reunião da Executiva Nacional do PSDB em Brasília, defendo uma posição de independência para o PSDB. E, muito mais do que apego a cargos ou ao poder, defendo o compromisso com nosso DEVER para com o país. O momento requer muita responsabilidade e prudência. Não votamos no Temer e não tenho nenhuma simpatia ou afinidade com o governo do PMDB, especialmente considerando as lideranças nacionais PMDB, que estão no governo ou liderando o partido. Temos uma responsabilidade ENORME com o país, afinal, tivemos papel decisivo no Impeachment da Dilma e não temos nenhum motivo pra nos arrependermos disso. Pelo contrario, fizemos bem ao país. O problema é que quem puxa o coro de fora Temer são aqueles que nos chamam de golpistas e querem aprofundar a crise fazendo apologia ao "Volta, Lula". Eu estou entre os que não querem  nem Temer nem Lula. Porém, antes de gritar "Fora, Temer", o PSDB tem que preparar o dia seguinte, ou pelo menos saber o que propor ao país.

Creio que deveríamos propor a saída dos nossos ministros e liderarmos um Pacto Nacional pelas reformas. Não devemos nos unir ou nos igualar ao PT e seus aliados, que apostam no quanto pior melhor. Proponho ficarmos fora do governo, mas apoiando as reformas no Congresso.

Cabe ao judiciário julgar as acusações contra Temer. E que ele naturalmente exerça seu direito de defesa.

Acrescento em defesa de minha tese que: Assim poderíamos inaugurar uma nova fase na política que, certamente, teria amplo apoio popular. Apoiaríamos a governabilidade para assegurar a implementação de reformas necessárias e para tirarmos o Brasil desta grave crise, mas sem cargos, sem toma lá dá cá. Assim, teríamos isenção e legitimidade para liderar a proposta de um pacto nacional a ser implementado, ouvindo o clamor da sociedade e mantendo uma agenda que, além das reformas, mantenha total apoio ao combate à corrupção, mas sem os exageros de abuso de autoridade que já sinalizam para o descrédito também do judiciário e Ministério Público.”

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