Estímulo ao ateísmo

O Papa Francisco tem dito em alto e bom som, inclusive em audiências públicas, que é melhor ser ateu do que um católico hipócrita. Embora ciente da minha insignificância, tomo a liberdade de discordar de Sua Santidade. Assim ele enfraquece a instituição a qual tem a missão e a obrigação de fortalecer.

Obviamente, nenhum católico deve ser hipócrita, mas a outra opção dada pelo ocupante da Cátedra de Pedro tem provocado nos fiéis algo inusitado: em vez de ateus, tornam-se agnósticos. Até acreditam, mas não têm compromisso com nenhuma religião.  Com isso, ficam fazias as igrejas, cai a arrecadação do dízimo, os fiéis se tornam cada vez mais exigentes e intolerantes com os administradores paroquiais, tornando-os estressados, deprimidos.

Os católicos querem padres santos, porém, cada vez mais, dão uma forcinha para que caiam em tentação. Uma vez caídos, não há complacência. E para agravar tal situação, somam-se os escândalos daqui e dacolá, como o mais recente: padres e bispos que abusam de freiras, fazendo delas escravas sexuais. E o mais absurdo: cometem esse tipo de crime e continuam exercendo as funções sacerdotais sem nenhum remorso.

Enquanto a tempestade sacode a Igreja, Sua Santidade enamora-se dos mulçumanos, inclusive acaba de fazer uma visita histórica aos Emirados Árabes, sendo recebido com todas as honras. Aparentemente está tudo bem, floresce o diálogo inter-religioso. Mas um dos preceitos do Islã é que seus fiéis, para ganharem o céu e receber sete virgens destinadas ao seu deleite, devem cortar a garganta dos infiéis. E os infiéis são os cristãos, principalmente. Há pouco tempo, dois jovens mulçumanos entraram em uma igreja em Paris e, na frente dos fiéis, cortaram a garganta do padre celebrante. Membros do Estado Islâmico, enquanto cortavam a garganta de cristãos no norte da Líbia, ameaçavam o Vaticano: “Já estamos no sul da Itália!”

Mas Francisco está com os dois pés dentro da nova ordem mundial, alimentada por pessoas malignas, como Jorge Soros, que através de entidades como a ONU, quer banir da face da terra os valores cristãos. Discutiu-se muito se deveria falar ou não no nome de Deus na constituição da União Europeia, para não melindrar os mulçumanos e membros de outras religiões.  Na opinião de Bento XVI, é verdadeiro o contrário. O que ofende os mulçumanos é não falar de Deus, é o desprezo com as nossas raízes. E acrescenta: “Nós nos preocupamos com o ecumenismo, enquanto esquecemos que a Igreja está dilacerada, e tal laceração penetra até nas famílias e nas comunidades.”

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