Espetáculo une teatro e poesia

Jorge Guimarães

Associação Dramágico de Teatro apresenta a peça O Circo das Ilusões na programação da 4ª Semana de Artes Uemg/Divinópolis, no teatro de arena, a partir das 20h. É a 24ª vez que a Companhia realiza esse espetáculo em Divinópolis. Outras cidades como Itaúna, Claúdio, Neolândia, Marilândia, Itapecerica também já receberam o grupo, somando mais de 24 apresentações. O projeto está aprovado na Lei Rouanet e busca patrocínio para que novas cidades possam ser contempladas.

Humor e diversão

A narrativa da peça vale-se da sátira minipeia, um gênero literário que tem sua origem na Roma Antiga e consiste no uso do tom filosofante para transmitir uma mensagem ao público com humor e diversão.  A história acontece em um circo onde os personagens revelam, pela poesia, o tema central do espetáculo, que é o amor. Em suas mais diversas formas, os personagens deste estranho circo levantam de seus caixões e se dirigem à cidade para provocar uma reflexão aos moradores. Teatro, poesia e ilusão fazem parte do enredo.

Os textos são de Fernando Pessoa, Frederico Garcia Lorca, Victor Hugo, Verlaine e também da poeta divinopolitana Adélia Prado são fontes de inspiração para a temática da peça, que conta com a direção de Neli Macaia.

Associação

A Associação Dramágico de Teatro é de Divinópolis e começou suas atividades em 1993. Foi fundada por um grupo de estudantes universitários com o objetivo de pesquisar e experimentar as perspectivas artísticas na cidade.  Hoje, a Companhia conta com 15 integrantes.  A Associação busca levantar recursos, seja por patrocínio ou em leis de incentivo à cultura para expandir sua turnê pelas cidades do estado. 

— A Companhia tem uma linguagem específica, sempre ligada à encenação de grandes autores. Temos imenso respeito pelo teatro enquanto arte. E vale ressaltar que estamos trabalhando na manutenção e revitalização do teatro de arena — avalia um dos componentes, Valério Peguini.

Criatividade

O divinopolitano Neli Macaia iniciou seus trabalhos no teatro na década de 80. Em 1994, dirigiu a primeira versão da peça que muito agradou ao público.  Desde a fundação da Companhia, dirige as peças e monta todo o figurino do espetáculo a partir de material de lixo reaproveitado. Uma iniciativa que zela pela arte do início ao fim. Quem quiser assistir basta comparecer ao teatro de arena da Uemg. 

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