Especial Dia dos Pais: ‘Foi maravilhoso’, diz pai adotivo

Casal esperou por três anos na fila de adoção; Maria Vitória chegou aos 3 meses de vida

 

 Rafael Camargos

Foram três anos até que Luiz Augusto Nogueira Gonçalves, de 48 anos, pudesse receber a filha de coração, Maria Vitória Carvalho Gonçalves, hoje com dois anos e três meses em sua casa. A ideia de adotar surgiu depois que ele e a esposa se casaram. Ao Agora o pai contou que entrou na fila de adoção, deu entrada em toda a documentação e quase desistiu do processo. Ele ressalta que o procedimento no Brasil é muito complicado. Hoje, o procedimento para adoção ocorre com duas filas paralelas. Uma independente da outra, mas com a finalidade de se unirem em algum ponto. Existe a fila de crianças para adoção – ou seja, sua família biológica perdeu o direito sobre ela, conhecido como destituição do pátrio poder. Isso só ocorre após muitos recursos e tentativas de restabelecer o equilíbrio no relacionamento familiar e a segurança absoluta para a criança.

Quando isso não é possível, a criança entra para a fila de aptos à adoção.

Paralelo à fila de crianças aptas à adoção tem a fila de pretendentes à adoção, que pode ser uma só pessoa, um casal sem filhos, uma família já com filhos biológicos ou adotivos.

Para que a pessoa entre na fila de adoção há um caminho a ser percorrido, que vai desde a intenção da adoção até a avaliação final para se estar apto a adotar e foi esse processo que Luiz fez.

— Gostamos muito de criança. Entramos em um acordo e decidimos. Quando ficamos sabendo que havia saído à adoção nós até tínhamos desistido, por conta da demora do processo. Eles nos pegaram de surpresa. Foi maravilhoso. Uma benção — explicou.

Relação 

No início, antes de a criança chegar, a insegurança tomou conta. Mas, tudo foi superado e aos poucos Maria virou a alegria da casa.

— De início ficamos com medo, mas depois ela virou a vida da gente — contou o pai.
Quando chegou, a menina tinha apenas três meses, e Luiz acompanhou todo o processo de crescimento da Maria Vitória.

— Não temos filhos naturais. A relação que eu tenho com ela é maravilhosa. É melhor que se eu tivesse filho natural — relatou o pai.

Luiz Augusto disse que por ter essa relação tão próxima com a filha, ele e a esposa já explicaram a ela que são pais “de coração”, para que a menina cresça ciente disso e não tenha problemas.

 

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