Equipe do Samu realiza mais um parto de risco em ambulância

Gestante estava sendo levada para hospital em Belo Horizonte

Da Redação

A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), composta pela médica pediatra Marcela Moura Pinto, a enfermeira Laís Cravo de Castro e o condutor socorrista Anderson Lopes, realizou mais um parto prematuro na madrugada desta quarta-feira (13), a caminho do Hospital Sofia Feldman em Belo Horizonte. As informações são da Assessoria de Comunicação do Samu.

Amanda Corrêa Câmara, de 21 anos, estava grávida de 35 semanas e precisava ser transferida da Santa Casa de Formiga para uma maternidade com disponibilidade de leito em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.

Davi Lucca Câmara Fonseca nasceu com 2,290 kg e 50 centímetros. Segundo a médica pediatra do Samu, o bebê mamou nos primeiros instantes de vida e, diante da estabilidade do quadro clínico da mãe e filho, eles foram levados de volta para a Santa Casa de Formiga.

– A Central de Regulação orientou que levássemos de volta para Formiga, pois, de fato, estava tudo bem. O parto ocorreu normalmente e foi uma feliz surpresa ver tudo dar tão certo. Nos emocionamos vê-lo sendo amamentado nos primeiros minutos de vida – disse.

O pai do bebê, Weber de Paula Fonseca, de 26 anos, acompanhou todo o trabalho do Samu e agradeceu a equipe pelo trabalho.

– Foi um trabalho sem dúvidas essencial para meu filho o que o SAMU fez. Agradeço profundamente toda equipe pela atenção, carinho e cuidado com minha esposa e filho – afirmou.

Mãe e filho estão em observação na unidade hospitalar e passam bem, como informou o pai.

Falta de vagas

Ainda de acordo com a assessoria do Samu, este é o segundo parto de risco feito pela equipe de Formiga dentro de uma ambulância do tipo Unidade de Suporte Avançado (USA) por falta de leitos na UTI Neonatal na Santa Casa de Formiga. Na semana passada, uma gestante de alto risco, de Iguatama, também deu à luz em uma ambulância a caminho do Sofia Feldman.

Segundo a assessoria, o fato reflete a falta de assistência na cidade, como destaca o diretor da unidade Kleber Vaz.

– Com certeza, os partos que ocorreram são reflexos da não aceitação de mais pacientes dentro da UTI. Era um parto de risco e o único local com leitos disponíveis era a unidade de Belo Horizonte. Ainda bem que temos o Samu – enfatizou.

Kleber acrescentou que está em diálogo com o Estado para que o serviço volte a operar normalmente na Santa Casa.

– Estamos em diálogo com o Estado e teremos amanhã (14) uma reunião com o Ministério Público (MP), o responsável técnico pela UTI Neonatal e direção da Santa Casa, onde vamos definir essa situação e regularizar os atendimentos do hospital – acrescentou Kleber.

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